A Rimini Street divulgou os resultados latino-americanos de uma pesquisa global encomendada para entender melhor as prioridades e os desafios que executivos líderes de TI e finanças enfrentam quando se trata de financiar e investir em inovação. A pesquisa "O Estado da Inovação em TI" – conduzida pela Vanson Bourne, empresa de pesquisa de mercado da área de tecnologia – foi realizada com 900 líderes de companhias dos mais diversos segmentos, localizadas na América do Norte, América do Sul, Europa, Oriente Médio e África e Ásia-Pacífico.
Em relação à América do Sul, que na pesquisa incluiu Brasil e Argentina, o que chama atenção é a dúvida dos executivos sobre de onde virá o dinheiro para a inovação: 98% dos respondentes disseram estar preocupados, muito preocupados ou extremamente preocupados em relação a essa problemática. Na média global, esse percentual também é alto, de 71%, mas mostra que na região Brasil/Argentina a questão sobre como encontrar e direcionar recursos para a inovação é ainda mais crítica.
Alinhada a essa preocupação, está a forte crença de que a empresa deveria investir mais em inovação: globalmente, 89% dos executivos têm essa opinião. Em Brasil/Argentina, a percentual é muito semelhante: 88% dos respondentes disseram que a companhia deveria investir mais recursos em prol da inovação.
Uma das principais descobertas da pesquisa é que, apesar de reconhecer a importância da inovação e da transformação digital para os negócios, os líderes de TI e finanças acreditam enfrentar grandes obstáculos na busca pela inovação, incluindo "gastar muito com a sustentação da operação" (77%), "falta de apoio do board para investimentos significativos em inovação" (76%), e "estarem presos a contratos de fornecedores que restringem a inovação" (74%).
"O custo Brasil é outro obstáculo para a inovação, uma vez que a constante adaptação dos sistemas para atender, por exemplo, aos requisitos do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) consome importante porção do orçamento da TI", diz Edenize Maron, general manager Latin America da Rimini Street.
Segundo ele, a TI deve estar focada em inovação, gerando competitividade para as empresas, e não em gestão do dia a dia. "Como fazer inovação se, conforme apontado em pesquisa, empresas e executivos se sentem presos a contratos desfavoráveis em TI? É vital que os executivos busquem questionar os padrões impostos pelos grandes fabricantes de ERP, principalmente no que se refere aos contratos dispendiosos de suporte e manutenção. Para inovar, devemos liberar recursos e oxigenar a área de TI, hoje tão sufocada", reforça Edenize Maron.
A pesquisa também apontou que os benefícios de investimentos em inovação mais citados pelos respondentes foram: melhoria na produtividade (92%), aumento da satisfação do cliente (86%) e redução de custos operacionais (85%). "Os CIOs e a área de TI como um todo precisam ocupar seu papel estratégico como protagonista para guiar a inovação nesse mundo em ebulição. Contratos de licenças e suporte com os grandes fabricantes levaram a uma arquitetura monolítica, o que dificulta a adoção da arquitetura orientada a micro serviços, o que é pré-requisito para a transformação digital", analisa Maron.