IBM Brasil implanta tecnologia brasileira nos data centers de Hortlândia

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A IBM Brasil e a StoreID, com apoio do SENAI Cimatec, anunciam uma nova tecnologia para gerenciamento automatizado e seguro de dados armazenados em fitas. Batizada de DNA Tape, a solução será implementada em oito salas de data centers da IBM Brasil, localizadas em Hortolândia, São Paulo, até o final deste ano.  A iniciativa é resultado de pesquisas desenvolvidas ao longo de cinco anos, viabilizadas com recursos dos parceiros envolvidos e da  Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), totalizando US$ 3,5 milhões.

Desenvolvida pela StoreID, a plataforma DNA Tape é composta por softwares, hardwares (scanner, portais e torres de detecção) e etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID), que são inseridas nas fitas de dados de servidores e storages. A solução permitirá a automatização de todos os processos de gestão de informações realizados nos oito datacenters da IBM Brasil em Hortolândia, onde a empresa mantém 150 mil fitas com dados de empresas clientes.

"Essa tecnologia pode ser considerada uma revolução para a segurança dos centros de dados. Não há nada semelhante em outras partes do mundo. Com o DNA Tape, conseguiremos reduzir o número de pessoas e processos envolvidos na tomada de decisão sobre movimentos e operações monitoradas no data center e garantir que o maior patrimônio de nossos clientes, os dados, estejam disponíveis em uma plataforma de gestão operacional, logística e transacional online, em tempo real e com maior controle", comenta Julio Cesar do Carmo, Gerente de Identity and Acess Management da IBM Brasil.

Os principais ganhos proporcionados pela tecnologia são em segurança, controle e agilidade. Com as etiquetas RFID é possível identificar rapidamente e de forma precisa e segura a localização de cada fita e seu conteúdo, facilitando o acesso dos funcionários aos dados, sempre que há demanda dos clientes. A ferramenta também permite o monitoramento remoto do deslocamento dos tapes, a gestão remota dos inventários e a realização de tarefas online e em tempo real.

Por meio das torres de detecção instaladas nos acessos de cada sala de data center e com a implementação da etiqueta RFID nos tapes, um sinal sonoro e luminoso é disparado caso uma pessoa tente sair com uma fita sem a prévia autorização. Além disso, as etiquetas contam com uma cola especial para que as mesmas não sejam removidas. Esta solução proporciona maior controle de incidentes internos e externos.

"Temos muito orgulho em desenvolver essa tecnologia inovadora no Brasil em conjunto com a IBM e o Senai. Para fazer a gestão de um inventário com 50 mil tapes eram necessários quatro profissionais trabalhando por oito dias em turno de oito horas; agora, o mesmo serviço pode ser feito em apenas duas horas por um único indivíduo, permitindo que os demais profissionais sejam alocados para outras atividades-chave da gestão de dados", explica Flávio de Oliveira, diretor de Inovação e Sistemas Aplicados a Radioidentificação da StoreID.

Para o SENAI Cimatec, que atuou como mentor estratégico no desenvolvimento da tecnologia: "O DNA Tape é uma prova do potencial de retorno que as empresas brasileiras têm ao investir em inovação", afirma o gerente do Instituto SENAI de Tecnologia em Eletroeletrônica, Yan Pedreira de Medeiros.

SENAI Cimatec

Criado em 2002 para promover a modernização da indústria na Bahia, o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia – Cimatec – conta com uma infraestrutura de suporte tecnológico com capacidade de atendimento a diversas cadeias e nos mais variados níveis de complexidade. Com mais de 40 laboratórios de ponta, o centro sedia três Institutos SENAI de Inovação (ISI) – Automação, Conformação Mecânica e União de Materiais e Logística -, além do 2° supercomputador mais rápido da América Latina, o Cimatec Yemoja.

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