Entenda como a IA pode impulsionar as vendas nas principais datas do varejo nos próximos anos

0

O ano ainda não encerrou, mas já é difícil de se imaginar alguma tecnologia que chame mais a atenção do que a inteligência artificial. Por mais que ela não tenha sido criada de forma efetiva em 2023 – na verdade vem sendo desenvolvida, mesmo que de forma experimental, desde a década de 50 -, é inegável que os últimos 12 meses ficaram marcados pela celeridade, repercussão e popularização do seu potencial disruptivo.

Quando avaliamos o seu uso no varejo, não há como negar que ainda estamos diante de uma realidade incipiente e, até então, pouco transformadora de fato. Aliás, tal cenário não é de se espantar, já que o setor sempre foi reconhecido pela demora em implementar o uso da tecnologia em comparação a outras áreas. No entanto, tal histórico não quer dizer necessariamente que as redes varejistas devem deixar de aproveitar os ganhos de eficiência que ela é capaz de proporcionar, principalmente, em períodos comerciais relevantes, como a Black Friday e o Natal, que demandam um engajamento maior da força de vendas.

Obviamente, quando falo isso, não quero dizer que os players do segmento devem correr contra o tempo para implementá-las há poucos dias dessas datas comerciais. Porém, acredito que já seja perfeitamente possível testar e aprender os limites dela para adotá-las de vez no engajamento da força de vendas a partir de 2024.

Treinada com o objetivo de substituir atividades humanas, sobretudo voltadas para habilidades analíticas e estratégicas, a velocidade atual da IA para analisar e categorizar dados hoje já supera – e muito – os humanos. Entretanto, é importante ponderar as questões éticas e limitações da IA no varejo. Enquanto ela oferece eficiência e insights personalizados, também pode resultar em questões delicadas como viés de dados e preocupações com a privacidade. O setor precisa garantir o uso responsável da tecnologia, desde o treinamento de modelos até a garantia de que as informações do cliente sejam seguras e bem utilizadas.

Graças a ela, por exemplo, hoje os gestores do setor podem ter uma visão muito mais ampla e profunda dos hábitos e comportamentos de seus consumidores. Isso quer dizer, portanto, que a tecnologia otimiza a gestão de dados relacionados aos cliente e suas compras, proporcionando insumos valiosos para formular ações e campanhas assertivas que visem aumentar o sell-out.

Não só isso, a combinação das informações cada vez mais eficientes, somadas ao maior poderio da tecnologia LLMs (do inglês Modelos de Linguagem de Grande Escala), modelo de Inteligência Artificial criado para entender e gerar textos, resultam num exuberante auxiliar para o setor varejista no momento de interagir e se aproximar junto aos clientes.

Aprovado no rigoroso teste de Turing, em que o computador precisa manter uma conversa com um ser humano por cinco minutos sem deixar que ele perceba que está se dirigindo a uma máquina, o ChatGPT, hoje a maior ferramenta de mercado, torna possível que as lojas abordem os seus clientes de forma clusterizada – técnica no qual há um agrupamento de diversos dados distintos que posteriormente são categorizados. Assim, os canais à distância acabam se tornando uma plataforma de venda e de comunicação muito mais assertiva e atrativa à clientela ou potenciais consumidores.

Além disso, há de se ressaltar ainda o impacto da capacidade da tecnologia na gestão interna das lojas. Um dos exemplos passa pela melhor gestão dos gerentes sobre os vendedores. Graças a ela, o líder pode aperfeiçoar a interação com os liderados a fim de extrair, treinar e guiar cada um deles para intensificar o giro do estoque.

Indo ainda mais longe, a IA também pode identificar quando uma mercadoria está em falta ou em vias de se encerrar no estoque. Por conseguir identificar padrões de saída de um produto a partir do seu histórico de vendas, o uso de soluções que adotem a tecnologia contribuem para uma reposição mais célere dos itens – um pilar extremamente fundamental para as datas comerciais mais importantes do ano.

Com todos os exemplos expostos, podemos afirmar que a IA irá trazer efetivamente uma completa inteligência ao setor. Por mais que ainda hoje a sua utilização ainda não esteja amplamente difundida entre as redes varejistas, já não há mais dúvidas que num futuro cada vez mais próximo a ferramenta será responsável por trazer maior clusterização e assertividade aos negócios. Quem largar na frente nessa corrida pela IA, sem dúvida, amplia as chances de deixar a concorrência para trás, principalmente durante as maiores datas comerciais.

Jansen Moreira, CEO e fundador da Incentive.me.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.