Tecnologia, identidade, conexão e eficiência. Esses foram alguns dos principais destaques que ecoaram pelas palestras da NRF 2025, mostrando que o sucesso está em integrar tudo de forma fluida e autêntica. O evento trouxe mais do que inovações e estratégias, mas uma mensagem poderosa: o varejo do futuro é sobre conexão. Não apenas entre dados e canais, mas entre marcas, consumidores e as experiências que os unem.
Quando falamos de conexão, nesta nova era, vai além de conhecer as preferências do consumidor. Trata-se de gerar valor em cada etapa da jornada de compra, garantindo que todo processo seja eficiente, sem fricções e alinhado aos valores da marca. Essa abordagem com foco no cliente exige que os varejistas sejam mais do que fornecedores: eles precisam ser parceiros que encantem e entreguem experiências significativas.
A tecnologia desempenha um papel fundamental nessa transformação. A inteligência artificial, que antes era tratada como uma tendência na NRF, agora está profundamente integrada em processos de eficiência operacional. Este ano, a IA não foi apenas uma atração, ela está mais aterrissada e conectada aos objetivos práticos do varejo. Ferramentas baseadas em IA ajudam a prever demandas, otimizar estoques e personalizar experiências, proporcionando benefícios concretos tanto para marcas quanto para consumidores.
Mas tecnologia sozinha não é suficiente. As microcomunidades emergem como um elemento essencial para promover conexões humanas autênticas. Essas comunidades representam mais do que consumidores, elas são defensoras dos valores das marcas e ajudam a amplificar suas mensagens. Ao investir em relações significativas, as empresas conseguem fortalecer a lealdade e criar impactos duradouros.
O cenário econômico e suas implicações também foram discutidos e têm um importante peso no futuro do varejo. Apesar do ambiente inflacionário persistente, o consumo nos Estados Unidos segue elevado, e o varejo continua a encontrar formas de crescer. Palestras, como a do JP Morgan, abordaram como o contexto econômico global e a política americana devem moldar os próximos anos, destacando a necessidade de adaptação constante por parte das empresas.
Já quando falamos das lojas físicas, a preocupação central é remover barreiras e criar experiências memoráveis. Espaços projetados para engajamento e storytelling estão se tornando comuns, com iniciativas que combinam tecnologia e conexão humana. Mais do que pontos de venda, essas lojas são plataformas para fortalecer os laços entre marcas e consumidores e precisamos impulsionar esses espaços para o consumidor de diferentes gerações.
A grande mensagem é clara: o futuro do varejo está na eficiência conectada e nas relações que transcendem as transações. Alinhar tecnologia, experiências e valores garante que as empresas estejam preparadas para liderar em um setor em constante evolução. Afinal, não é apenas sobre vender; é sobre criar pertencimento e significado.
Alessandro Gil, VP da Wake.