A Nortel anunciou nesta quarta-feira, 25, que pretende demitir mais 3,2 mil funcionários em todo o mundo, ou seja, pouco mais de 10% da sua força de trabalho de cerca de 30 mil pessoas. Os cortes são parte das medidas da fabricante canadense de equipamentos de telecomunicações para reduzir custos e enfrentar a desaceleraçã da demanda gerada pela crise financeira global.
Segundo a empresa, as demissões serão realizadas ao longo dos próximos meses, em conformidade com os requisitos legais do Canadá. Elas se somarão ao corte de 1,8 mil empregados anunciados anteriormente pela companhia.
"Com o cenário econômico sem precedentes e o consequente impacto sobre as receitas são necessárias alterações significativas para recuperarmos o nosso equilíbrio financeiro. As medidas estão sendo realizadas para reestruturar a empresa e trabalhar em prol de uma bem-sucedida saída da concordata", afirmou Mike Zafirovski, presidente e diretor executivo da Nortel.
Em meados de janeiro, a Nortel entrou com pedido de recuperação judicial, com base no Chapter 11 – recurso concedido pela Justiça americana a empresas com dificuldades para renegociar suas dívidas com os credores –, numa tentativa de superar a crise financeira que atravessa. O pedido foi feito na Corte Superior de Justiça da província de Ontário, no Canadá, e na Corte Federal de Concordatas de Wilmington, nos Estados Unidos (veja mais informações em "links relacionados" abaixo.
A empresa informou também que reduziu a estrutura de bônus e planos de premiação baseados em ações e que, como está em concordata, não poderá oferecer aos funcionários demitidos nenhum tipo de pagamento compensatório.
- Corte ampliado