A Microsoft se prepara para desencadear mais uma batalha com o Google, desta vez no segmento de software para laptop no mercado, confronto que nada mais é que uma tentativa da gigante do software para barrar a entrada companhia de internet no seu principal negócio, o de sistema operacional para PCs.
Quem deu o tom do conflito foi Steve Ballmer, CEO da Microsoft, que na terça-feira, 24, adiantou que a empresa está preparando uma versão simplificada do Windows 7 para rodar nos laptops ultracompactos de baixo custo – os chamados netbooks ou minilaptops.
Ele também disse que a Microsoft prevê que o sistema operacional Android, do Google, desenvolvido para rodar em smartphones, passe a operar em alguns netbooks. E isso, segundo Ballmer, irá gerar um confronto entre as duas empresas no segmento de sistemas operacionais para PCs, cujo domínio mundial vem sendo exercido pela Microsoft nos últimos 25 anos.
Os netbooks têm emergido no mercado nos últimos tempos e também tem sido vistos como a única categoria de equipamentos capaz de apresentar crescimento neste ano, atenuando a queda nas vendas de desktops e laptops tradicionais. A IDC estima que cerca de 20 milhões de netbooks sejam vendidos neste ano, o dobro do número vendido no ano passado.
Por utilizarem chips menos poderosos, a maioria dos netbooks não é capaz de rodar a versão mais recente do sistema operacional da Microsoft, o Windows Vista. Como resultado, muitos têm sido comercializados com o Windows XP ou com o sistema operacional Linux. A Asus, por exemplo, fabricante taiwanesa pioneira no mercado de netbooks, está analisando a possibilidade de produzir uma máquina que funcione com o software do Google, embora ainda não tenha nada definido.
"Como cada vez mais os smartphones estão sendo utilizados como pequenos computadores, principalmente para acesso à web, as fronteiras entre as duas classes de máquina – e de software – devem desaparecer", disse Ballmer ao jornal britânico Financial Times.
Mesmo se tratando de previsões do CEO da Microsoft, alguns analistas não vêem o sistema operacional do Google como um desafio imediato para a Microsoft. "Não se trata, no curto prazo, de uma ameaça para a Microsoft", disse Roger Kay, um analista independente na área de tecnologia. "Computadores sem o sistema da Microsoft não tendem a vender tão bem."
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