Frente quer garantir recursos para fundações de apoio à inovação tecnológica

0

A Frente Plurissetorial em Defesa da Ciência, Tecnologia e Inovação, instalada na quarta-feira, 24, vai tentar reverter a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que impede o convênio entre as agências de fomento do Ministério da Ciência e Tecnologia, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e fundações dedicadas à inovação tecnológica e pesquisa científicas ligadas às universidades.
O propósito é permitir que essas agências sejam novamente autorizadas a repassar recursos para as fundações de apoio à inovação. O primeiro passo será pedir a prorrogação do prazo para a aplicação da decisão, que está prevista para entrar em vigor nesta sexta-feira, 26.
Outra medida dos parlamentares será pedir a inclusão na MP 472, que trata dos incentivos fiscais a diversos setores da economia, de artigo que regularize os convênios suspensos. "É uma simples correção que vamos tentar incluir", comentou o deputado Júlio Semeghini (PSDB-SP), presidente da frente.
Caso a regularização não seja incluída na MP, o Executivo deverá encaminhar ao Congresso um texto que normalize esses convênios. "É preciso legalizar esse tipo de convênio porque essas fundações têm maior flexibilidade para dirigir os recursos à pesquisa, permitindo que o orçamento contribua efetivamente para o desenvolvimento da tecnologia", enfatizou o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.
Estrutura
A Frente Plurissetorial em Defesa da Ciência, Tecnologia e Inovação teve a adesão de mais de cem participantes, entre parlamentares e representantes de 29 entidades governamentais, acadêmicas e do setor produtivo.
"O Brasil acaba de dar um passo importante para que a ciência, tecnologia e inovação possam contribuir de forma mais efetiva para o desenvolvimento nacional", disse o ministro de Ciência e Tecnologia, ao se referir à criação da frente.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto, representante do setor empresarial, destacou a importância da iniciativa para alavancar o setor. "É extremamente importante que o Congresso Nacional seja parceiro do processo de estímulo à inovação, o que é determinante para o desenvolvimento sustentável do Brasil", disse.
Segundo o dirigente industrial, ainda há avanços importantes a serem feitos no marco regulatório da inovação, principalmente em relação ao financiamento, pesquisa e incentivos fiscais às empresas, um dos principais desafios do grupo. "A frente terá papel fundamental na sensibilização de setores do governo e da sociedade, na criação de ambiente para a ampliação dos recursos para políticas públicas de inovação. Na promoção de ações que visem ao aperfeiçoamento das leis de incentivo", acrescentou. Com informações da Agência Câmara.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.