Maioria das empresas paulistas não opera com e-commerce

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As empresas paulistas ainda não estão prontas para o comércio eletrônico (e-commerce). A constatação é de um estudo feito pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o qual revela que 71% das empresas do estado não realizam nenhuma operação de compra ou venda pela internet. O levantamento também mostra que deste total, 47% afirmam "não sentir necessidade" de operar com e-commerce e 19% dizem "não ter infraestrutura ou informação suficiente" para atuar com essa modalidade de comércio.
As microempresas são as alegam ter menos necessidade de estar na internet, enquanto as pequenas apontam problemas mais concretos, como falta de equipe e estrutura interna. De acordo com a ACSP, 47% das microempresas declararam não sentir necessidade de atuar com comércio eletrônico, enquanto 40% das pequenas disseram que não ter necessidade de atuar com operações de compra ou venda pela internet. A falta de equipe e estrutura foi apontada por 16% das pequenas empresas e por 13% das micro.
Na opnião da superintendente de marketing da ACSP, Sandra Turchi, a "falta de necessidade" de operar com e-commerce apontada pela grande maioria das empresas vem da falta de informação sobre as possibilidades que a internet pode trazer aos negócios. Ela diz que, à medida que os empresários começam a ter acesso a meios de atuar no comércio eletrônico, eles começam a perceber o que essa modalidade de negócio demanda e apontam problemas de fato estruturais da empresa, como falta de estrutura ou equipe.
Sandra também chama atenção para o fato de 53% das pequenas lojas de varejo estarem fora da internet, o que coloca esse segmento como o de menor presença na web no Brasil. Ela avalia que o que impede a entrada das lojas de varejo no e-commerce é o tempo. "Quando pensamos em micro e pequenas empresas de varejo, estamos falando de pequenos estabelecimentos, que, de fato, sem uma equipe estruturada e com o conhecimento necessário, não têm condições de cuidar de um site e da demanda que ele pode gerar. "Ao analisarmos pequenos fornecedores de serviços, ou pequenos comércio de atacado, a própria estrutura das empresas é diferente, e isso possibilita uma maior entrada no comércio eletrônico", exemplica.
De acordo com a executiva, o grupo das MPEs ainda não está pronto para entrar na internet, mas o interesse em aprender mais é muito grande. "Se os empresários pesquisassem mais e tivessem mais acesso a informações, veriam que a web já representa, em média, 30% do faturamento das empresas que têm estratégias de comércio eletrônico", acrescenta Sandra.
Para a realização do estudo foram ouvidas 500 organizações de todos os portes no estado de São Paulo, das quais 357 eram micro e pequenas empresas. Dos entrevistados, 47% eram proprietários, 45% gerentes e 8% diretores e superintendentes.

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