O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, quer que parte dos recursos obtidos com o pré-sal sejam direcionados para sua pasta. Ele defende que sejam repassados para o Ministério da Ciência e Tecnologia R$ 1 bilhão ao ano. "Não podemos mais estar pendurados ao orçamento, R$ 620 milhões foram retirados do ministério. Turismo e Cidades receberam R$ 2 bilhões", comparou Mercadante, durante reunião do conselho da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições de Ensino Superior (Andifes), onde defendeu que o ministério tenha outras fontes de recursos, sendo o pré-sal uma delas.
Segundo o ministro, o recurso natural não pode ser usado de maneira imediatista e que, se for distribuído entre os estados, corre o risco de "pulverizar-se". Ele enfatizou ainda que o orçamento total da Finep para apoio a empresas e instituições de ensino e pesquisa neste ano passou de R$ 4 bilhões para cerca de R$ 6 bilhões. "Minha expectativa é que a Finep vire o Banco da Inovação do Brasil", afirmou.
Para amenizar os cortes no orçamento e manter a qualidades dos projetos das universidades, Mercadante propôs aos reitores que construam uma relação mais próxima com o Congresso Nacional. "A maioria dos parlamentares não possui vínculo com a academia. É preciso apresentar para as bancadas as necessidades das universidades", concluiu.
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