PM de Brasília digitaliza 9 milhões de páginas de prontuários médicos

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Uma dificuldade pela qual as unidades de saúde da Polícia Militar do Distrito Federal vinham passando era a falta de espaço físico para armazenar os prontuários médicos. O sistema de saúde da corporação conta com 70 mil beneficiados – mais de 4,8 mil pessoas atendidas mensalmente – e realiza cerca de 18 mil procedimentos a cada 30 dias. Parte do problema de espaço foi resolvida com a adoção de um sistema de prontuário eletrônico, ainda em fase de testes, mas ainda era preciso solucionar a questão dos prontuários já cadastrados e impressos.
Foi então que a Diretoria de Saúde da Polícia Militar dicidiu abrir licitação para adquirir uma solução que pudesse resolver esse problema. Na concorrência, realizada por meio de pregão eletrônico, a ATP venceu outras quatro empresas com a solução Imagon DOC Saúde, uma tecnologia que permite digitalizar e armazenar documentos.
Além de digitalizar os arquivos, a solução faz a certificação digital e a microfilmagem eletrônica, o que possibilita o atendimento da demanda tanto de hospitais com grande acervo e quanto daqueles que já possuem alguma solução de prontuário eletrônico do paciente (PEP).
No caso das unidades do DF, existiam 120 mil prontuários da policlínica e 36 mil do centro odontológico para serem digitalizados. Segundo o chefe da Seção de Gestão de Contratos da Diretoria de Saúde da Polícia Militar, tenente coronel Alexandre Saud, que coordenou o projeto, a digitalização de 100% do acervo ocorreu em um ano. "Por volta de 9 milhões de páginas de documentos ocupavam mais de 100 metros quadrados em cada clínica", informa o tenente.
Para garantir a exatidão dos documentos digitalizados, a solução conta com a tecnologia de certificação digital, na qual os profissionais assinam, digitalmente, várias etapas do processo. Entre os benefícios do Imagon DOC Saúde, o tenente cita o total sigilo das informações dos prontuários médicos, a otimização de espaço com a transformação dos documentos físicos em digitais, a validade legal integrada do processo (Certificação Digital e Microfilmagem Eletrônica), a agilidade na migração dos documentos e o fato do software operar na web, o que eliminou a necessidade de uma troca das plataformas de hardware e software das unidades.
Investimento milionário
O investimento no projeto chegou a R$ 1,7 milhão, contando com treinamento e suporte, oferecido pela ATP, e o processo de digitalização de todos os documentos em papel, transformados em arquivos PDF. O suporte da empresa ainda é necessário, porque a solução continuará sendo utilizada para a digitalização dos documentos de atendimento externos, sendo então incorporados ao arquivo digital de cada paciente.
As unidades estão terminando a implantação de um sistema de gestão informatizada e uma solução de prontuário eletrônico, ainda em fase de teste, com o objetivo de eliminar por completo o uso de papel no processo de atendimento aos pacientes. "A adesão ao sistema facilita, inclusive, a troca de informações entre os nossos centros de saúde", conclui o tenente coronel Saud.

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