Sem acordo, trabalhadores de TI devem parar na segunda

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Depois de meses de negociações, os trabalhadores de TI do estado de São Paulo devem entrar em greve a partir desta segunda-feira, 28. Em reunião com o Ministério Público do Trabalho, realizada na tarde desta sexta-feira, 25, em São Paulo, o Sindicato dos Trabalhadores de TI do Estado de São Paulo (Sindpd) não aceitou a nova proposta do Sindicato das Empresas de Processamento de Dados e Seviços de Informática do Estado de São Paulo (Seprosp) e diz que a categoria vai cruzar os braços até que suas reivindicações sejam atendidas.
O Sindpd exige reajuste salarial de 11,9%, auxílio refeição de R$ 15 por dia e aumento nos pisos salariais da categoria. O Seprosp, que havia proposto reajuste de acordo com a inflação passada, de 6,4%, sem benefícios, decidiu reconsiderar a oferta. Em assembleia realizada na manhã de hoje, o sindicato patronal resolveu elevar o reajuste salarial para 7,5%, mas com auxílio refeição de R$ 8 por dia para empresas com mais de 200 funcionários, que trabalham 8 horas diárias.
A nova proposta das empresas veio depois de o MPT ter feito uma proposta de conciliação na terça-feira, 22. O órgão havia proposto reajuste de 8,6% e auxílio refeição de R$ 12 por dia (veja mais informações em "links relacionados" abaixo). Durante a assembleia desta manhã, o Seprosp considerou a intermediação do MPT "infrutífera" e reduziu o reajuste, mas o deixou acima da inflação. O sindicato das empresas também propôs reajuste de 9% no piso salarial de digitador, funcionários do setor administrativo, técnico e de suporte de help desk e 11% no piso de office boy.
Outro ponto de conflito era que os trabalhadores tivessem direito a participação nos lucros das empresas. A ideia foi apoiada pelo Ministério Público, mas rechaçada pelo Seprosp. De acordo com o sindicato patronal, a participação deve ser instituída apenas em companhias que fazem parte de grupos empresariais que a tenham como política interna de remuneração.
Segundo a ata da reunião do Sindpd, a greve começará na segunda, mas deve haver manutenção de 80% dos serviços ligados ao estado e à Prefeitura de São Paulo, 60% dos serviços ligados à atividade de compensação bancária e também 60% dos serviços de empresas com atividades consideradas essenciais, ainda que não ligados à administração pública do estado. Também deve haver manutenção de 80% dos serviços ligados à IMA, órgão de Campinas equivalente à Prodesp.
De acordo com o presidente do Seprosp, Luigi Nessi, o estado de São Paulo, hoje, tem entre 20 mil e 30 mil trabalhadores de TI e grande parte dos quais está envolvida na prestação de serviços ao governo do estado, prefeituras e bancos.

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