Os bancos brasileiros gastaram cerca de R$ 18 bilhões em tecnologia da informação no ano passado, o que representa um crescimento de 11% frente ao ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 25, pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Elaborado em parceria com a consultoria Booz & Company, o estudo projeta que até 2015 o volume de despesas deve aumentar em 42%.
Dentre os investimentos direcionados à compra de equipamentos e desenvolvimento de novas soluções tecnológicas, os gastos com hardware foram os mais representativos, atingindo o montante de R$ 4,5 bilhões, o que corresponde a 25% do total. O dispêndio com software também foi alto, de R$ 3,62 bilhões, ou cerca de 20% de todo o orçamento de TI.
O estudo considera o desembolso com software de terceiros como despesa e o despendido com o desenvolvimento interno de software (in house) e a terceirização de desenvolvimento como investimento. O relatório aponta que os recursos aplicados nesta última atividade foram os que mais cresceram, totalizando R$ 1,88 bilhão em 2011, enquanto o desenvolvimento “in house” atingiu R$ 3,7 bilhões. A Febraban ressalta que software em geral representa mais de 30% do total de investimentos e despesas com tecnologia dos bancos.
Segundo o levantamento, os bancos desembolsaram ainda R$ 5,8 bilhões no ano passado com investimentos e despesas com infraestrutura e telecomunicações. Neste caso, telecomunicações representaram mais 60% e infraestrutura, cerca de 40% do total dos gastos de TI.
A pesquisa evidencia ainda que houve um aumento em 2011 nas transações interbancárias. As operações feitas por meio de internet banking cresceram 20%, totalizando 15,7 bilhões de transações no ano passado, o que puxou a expansão de 12% do total de transações bancárias no país. As operações de autoatendimento cresceram 4,5%, respondendo por 9 bilhões de transações, as dos caixas de agências aumentaram cerca de 11% e somaram 7,2 bilhões e as TEDs, DOCs, débitos automáticos, cobranças etc. apresentaram um avanço de 45%, com 4,5 bilhões de transações.
O relatório aponta também que o mobile banking continua crescendo exponencialmente atrelado ao aumento nas vendas de smartphones no Brasil. O número de usuários cresceu 49%, de 2,2 milhões em 2010, para 3,3 milhões, em 2011.
A Febraban mostra que a utilização de cartão de crédito, débito e de lojistas como meio de pagamento continua a avançar. Em 2011, existiam 687 milhões de cartões no mercado, um avanço de aproximadamente 9,5% ante o ano anterior.