Apple, Google, Intel e Adobe concordaram em pagar cerca de US$ 300 milhões para encerrar um processo judicial que colocou em dúvida suas práticas de contratação no Vale do Silício. Os termos do acordo, revelado em carta enviada à juíza Lucy Koh, do Tribunal Distrital da Califórnia, ficarão documentados com a corte até o fim de maio, quando será realizado o julgamento.
Em 2010, cerca de 64 mil trabalhadores entraram com uma ação coletiva contra as quatro empresas, alegando que elas orquestravam um esquema elaborado para reduzir salários e conspiraram para não contratar funcionários uma das outras, a fim de evitar uma guerra salarial. Os advogados dos trabalhadores pretendiam pedir US$ 3 bilhões em indenizações, valor que, segundo a lei antitruste dos EUA, poderia ter sido triplicado para US$ 9 bilhões.
Sergey Brin e Eric Schmidt, fundador e ex-CEO do Google, respectivamente, e o criador da Apple, Steve Jobs, foram nomes citados pelos funcionários que moveram a ação, como sendo responsáveis pelo esquema. Em uma troca de e-mail em 2005, Jobs teria dito a Brin: "Se você contratar uma única dessas pessoas, isso significa guerra".
As empresas chegaram a reconhecer que concordaram em não contratar profissionais uma das outras, em alguns casos, mas contestaram a alegação de que conspiraram para reduzir os salários. Em comunicado, a Intel negou que tenha violado qualquer lei, dizendo que aceitou "encerrar o processo a fim de evitar riscos, encargos e incertezas do litígio em curso". A Adobe emitiu uma declaração dizendo a mesma coisa, enquanto o Google se recusou a comentar. Já a Apple não respondeu a um pedido de comentário. Com informações de agências internacionais.