O ano começou com quedas nas vendas e ampliação de prejuízo para a Ericsson, de acordo com balanço financeiro referente ao primeiro trimestre deste ano divulgado nesta terça, 25. A redução na receita líquida foi de 11% comparado ao igual período do ano passado, totalizando 46,4 bilhões de coroas suecas (US$ 5,298 bilhões).
A companhia registrou prejuízo operacional de 12,3 bilhões de coroas suecas (US$ 1,404 bilhão), contra lucro de 3,5 bilhões de coroas suecas (US$ 399,7 milhões) no primeiro trimestre do ano passado. O prejuízo líquido foi de 10,9 bilhões de coroas suecas (US$ 1,244 bilhão), contra lucro de 2,1 bilhões (US$ 239,8 milhões). A Ericsson já tinha mostrado prejuízo no último trimestre de 2016.
Em comunicado, o CEO da fornecedora, Börje Ekholm, ressaltou que o desempenho "continuou a ser insatisfatório", destacando que a área de redes "entregou resultado sólido apesar das vendas baixas". No entanto, o segmento de TI & Cloud registrou prejuízo, e a empresa já começa a se movimentar para reestruturar a área com linha de organização mais simples, novos produtos e contratos de melhor escopo. Também o segmento de Mídia mostrou perdas, em particular por conta do declínio maior que o esperado na venda de produtos legados. "A prioridade imediata é melhorar a lucratividade enquanto (a área) também se movimenta para revitalizar a liderança em tecnologia e mercado", declarou.
As expectativas de curto prazo não são positivas. Ekholm afirma que espera impactos negativos de até 10 bilhões de coroas suecas (US$ 1,141 bilhão) nas vendas totais anuais até 2019. Ele afirma que vai intensificar os esforços para reduzir os custos com foco em mudanças estruturais para gerar ganhos de eficiência, ainda que tenha que aumentar investimentos em desenvolvimento de produtos. Além disso, os custos de reestruturação deverão ficar entre 6 e 8 bilhões de coroas suecas (entre US$ 685,5 milhões e US$ 913,6 milhões) para 2017. Porém, o executivo espera que essa estratégia resulte em uma melhora na lucratividade em 2018 (ou redução de prejuízo), dobrando a margem operacional de 2016.