Tecnologias digitais respondem por 4% das emissões globais de gases de efeito estufa

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Que atire a primeira pedra a pessoa que nunca clicou em um anúncio online. Para quem navega pela internet, se deparar com publicidade é rotina. O que pouco se sabe, é que essa publicidade, tal qual sua irmã mais velha, a propaganda impressa, causa um impacto ecológico negativo no planeta, e já tem despertado a atenção de empresas comprometidas com o meio ambiente. 

Para se ter uma ideia, pesquisa realizada pela empresa norte-americana Good-Loop descobriu que uma campanha publicitária online típica emite 5,4 toneladas de dióxido de carbono – o equivalente a um terço do que um consumidor médio dos EUA produz durante todo o ano.

No Brasil, a Equativ, adtech global especializada em publicidade programática, deu os primeiros passos na redução dessa pegada ecológica, reduzindo em 64% o nível de emissão de dióxido de carbono gerado pela campanha publicitária da seguradora francesa MAIF. "Estabelecemos uma parceria com a consultoria especializada em sustentabilidade BL Évolution e recolhemos dados abrangentes sobre o nível de impressão de CO2, aplicando uma metodologia desenvolvida em conjunto para calcular essas emissões de carbono", conta Caroline Millié Figueiredo, Gerente de Marketing da Equativ.

Como isso funciona?

A medição leva em consideração, entre outros fatores, a energia necessária para veicular e baixar o conteúdo do anúncio em tempo real. "Como resultado dos cálculos da pegada de carbono, algumas diretrizes estão começando a surgir. Concentrar-se em vídeos publicitários mais curtos, favorecer o status de segmentação por Wi-Fi versus segmentação por 4G, entregar nos finais de semana e períodos de baixo consumo, trabalhar na compactação do tamanho do arquivo e segmentar dispositivos móveis versus telas maiores é um bom começo", acrescenta Khalil Yaghi, Country Managing Director da Equativ, que alerta para a necessidade de soluções padronizadas globais para promover uma redução significativa do impacto: 

"Por enquanto, não existe uma solução perfeita, pois cada negócio contribui para a mudança climática em uma escala variável. Enquanto isso, devemos começar a discutir usos mais razoáveis da energia que a indústria exige inerentemente. Trabalhar apenas para atender aos atuais padrões ecológicos ou neutros em carbono pode não ser possível – principalmente se considerarmos o custo ambiental do hardware. Tal como está, a publicidade digital é um negócio tão carregado de carbono que não pode operar sem comprometer o meio ambiente.", diz Khalil Yaghi.

Reduzindo o impacto

Tendo em mente que o zero absoluto de emissão é um longo caminho, ações de compensação se fazem necessárias. Para isso, a Equativ conta com a parceria da também francesa Eden Reforestation, que a cada 10 mil impressões de anúncio, realiza o plantio de uma árvore. "As empresas estão reconhecendo cada vez mais os desafios que as promoções online trazem para a poluição digital e se movendo para impulsionar mudanças positivas. De um modo geral, todos estão atrás da emissão zero, e estamos analisando as emissões geradas diretamente e indiretamente para reduzi-las enquanto não podemos cessá-las definitivamente.", destaca Caroline.

Para Khalil, o estabelecimento de parcerias é essencial para que, no futuro, o impacto causado pela publicidade online esteja consoante com práticas sustentáveis. "O trabalho da Equativ representa o início de uma jornada que queremos ampliar em todas as geografias, inclusive no Brasil. O mercado de publicidade digital precisa se unir para definir as metodologias e estabelecer um paradigma baseado em compartilhamento de boas práticas," finaliza Khalil.

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