Foxconn processa rivais japonesas da indústria eletrônica por violarem patentes

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A Foxconn, fabricante chinesa de produtos eletrônicos em regime de terceirização e principal fornecedora da Apple, anunciou nesta quarta-feira, 25, que está processando três empresas japonesas de eletrônicos em um tribunal dos EUA por violação de patentes, em um sinal de que a companhia se move agressivamente para monetizar seu crescente portfólio de tecnologia.

A ação judicial foi aberta contra a Toshiba, Funai Electric e Mitsubishi Electric, e envolve patentes relacionadas a monitores de tela plana usados em televisores, monitores, notebooks, tablets e smartphones, e vai ao encontro do pedido feito ao presidente da Foxconn, Terry Gou, por acionistas da empresa, que o pressionaram em meio a desaceleração das vendas.

Segundo informa o jornal britânico Financial Times, o executivo pediu paciência aos investidores enquanto a empresa diversifica suas fontes de receita, com planos de investir em novos negócios, tais como o de carros eletrônicos e computação em nuvem. "Por favor, seja paciente, não tenha pressa. Eu também sou o maior acionista, por isso, se é ruim para a Hon Hai [como também é conhecia a empresa], também é ruim para mim" disse Gou, na assembleia geral anual da Foxconn.

Representantes da Toshiba, Funai e Mitsubishi não foram encontrados para comentar o assunto. A Foxconn, por sua vez, não revelou o número de patentes infringidas tampouco quanto busca receber em danos pelo processo, que foi arquivado no Tribunal Distrital Federal de Delaware.

Nova parceria

O presidente da Foxconn também anunciou durante a assembleia que a divisão Hon Hai Indústria de Precisão está em negociações para produzir smartphones para a Xiamen Meitu Technology, desenvolvedora chinesa de aplicativo para edição de fotos, mais uma medida para ampliar sua base de clientes e diversificar suas linhas de negócio. A Xiamen lançou dois smartphones baseados no sistema Android com outro fabricante de hardware na China, no ano passado.

"Nós também ajudamos um cliente na fabricação de um smartphone projetado para e-commerce", ressaltou Gou, recusando-se a revelar o nome da empresa. "Muitas empresas de internet têm procurado a Foxconn para ajudá-los a fazer seus próprios dispositivos de hardware", acrescentou.

De fato, empresas de internet estão interessadas em desenvolver seus próprios dispositivos com software pré-instalado em uma tentativa de atrair mais usuários para seus serviços. A Amazon, por exemplo, lançou recentemente um smartphone com telas tridimensionais ligado à sua plataforma de compras online.

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