A Circular Brain, primeira Circulartech do Brasil que desenvolve soluções digitais para a economia circular dos resíduos eletroeletrônicos, e a Kangu, rede colaborativa e tecnológica de logística, estabeleceram uma parceria para integração de seus sistemas. O projeto, que entrará em funcionamento no mês de agosto, disponibilizará a operação de reversa para 11.671 pontos de entrega.
Por meio da parceria, o Ecossistema Think Circular poderá ofertar para fabricantes e importadores de produtos eletroeletrônicos sistemas de logística reversa de produtos com cobertura nacional. A solução engloba um portal customizado para cada fabricante no qual os consumidores domiciliares podem localizar o ponto de descarte mais próximo e obter o código de postagem gratuita. Os pontos de descarte podem ser agências dos correios ou os mais de cinco mil pontos Kangu já em operação, localizados em pequenos estabelecimentos comerciais, mais próximos do consumidor, em especial em grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
"No momento inicial de nossa parceria com a Kangu, fabricantes e importadores de eletroeletrônicos poderão cumprir 100% das metas geográficas e populacionais de seus programas de logística reversa, previstas para os próximos 5 anos, já no primeiro ano de atividade por uma fração dos custos de outros sistemas e com grande melhoria de eficiência, devido a capilaridade de nossos operadores ambientais, que hoje estão presentes em 12 estados e até o final do ano estarão presentes em mais de 20 estados, assim como dos pontos de coleta, reduzindo o custo, tempo e impacto ambiental do transporte destes resíduos, com total rastreabilidade e conformidade legal, gerido de forma online como é a característica da economia digital", afirma Marcus Oliveira, Founder da Circular Brain.
Para fazer parte da rede Think Circular, processadores ambientais de eletroeletrônicos precisam atender critérios ambientais, documentais e de saúde e segurança, pré-estabelecidos, além de passar por treinamento específico em procedimentos da plataforma e da Norma ABNT NBR 16.156:2013. De acordo com o CEO da Kangu, Marcelo Guarnieri, cada vez mais essa será uma tendência no mercado. "Pensar em sustentabilidade dentro das empresas vai ser mais comum do que imaginamos. Quando criamos a Kangu, desenvolvemos a sustentabilidade como um dos nossos principais pilares de atuação. A parceria com a Circular Brain é mais uma iniciativa nesse sentido. Disponibilizar a nossa rede de Pontos Kangu para realizar a logística reversa desses produtos eletroeletrônicos é uma forma de incentivar cada vez mais o consumidor já que estaremos mais próximos dele".
Os sistemas de logística reversa pós-venda e pós-consumo individuais, bem como em projetos de Trade-in Digital de eletroeletrônicos e soluções corporativas para Disposição de Ativos de TI (ITAD) já estão sendo implementados para os fabricantes e importadores de eletroeletrônicos clientes da Circular Brain, que vêm acompanhando o interesse crescente das empresas e pessoas no que diz respeito a economia circular. Uma pesquisa realizada em 2019, pela agência norte-americana Union + Webster, concluiu que 87% dos brasileiros preferem consumir produtos e serviços de empresas que praticam a sustentabilidade nos seus processos.
Percebendo a mudança de cenário, as duas startups, que com suas soluções inovadoras, trazem a resolução para um tema que há mais de dez anos impacta o setor de eletroeletrônicos – a situação da reversa. Agora empresas de todos os portes poderão atrelar a consciência ambiental aos sistemas de logística, melhorando a entrega e devolução de produtos. Uma vez que o compromisso legal esteja estabelecido, as companhias terão um diferencial para o consumidor e um ativo de marca.
Cenário e lei federal Nº 12.305/2010
Há mais de dez anos a Lei Federal de Nº 12.305/2010 estabelece a obrigatoriedade de fabricantes e importadores de produtos eletroeletrônicos estabelecerem em território nacional sistemas de logística reversa para seus consumidores domiciliares. Durante nove anos representantes da indústria e do Ministério do Meio Ambiente discutiram o desafio logístico da implementação destes sistemas, alegando dificuldades na implementação e custeio. Somente em 2019 chegou-se a um acordo setorial para o cumprimento desta obrigação ambiental. Segundo o decreto, fabricantes e importadores de produtos eletroeletrônicos devem estabelecer programas de logística reversa coletivos ou individuais que disponibilizam pontos de entrega voluntário ao menos 400 cidades em todo o país (meta geográfica), que nestas cidades haja ao menos um ponto de entrega voluntária a cada 25 mil habitantes (meta densidade populacional) e que promovam um volume de coleta progressiva de 1% em 2021 até 17% em 2025, calculado sobre o volume disponibilizado ao consumidor domiciliar em 2018.
Além destes requisitos, fabricantes devem processar os produtos coletados em conformidade com os requisitos da norma ABNT NBR 16.156:2013, garantindo segurança ambiental, de saúde e segurança e proteção de dados, bem como apresentar programas de comunicação de seus sistemas.
Sobre a Circular Brain
A Circular Brain, primeira Circulartech do Brasil, startup que desenvolve soluções digitais para a economia circular dos resíduos eletroeletrônicos, /apresenta a primeira plataforma digital que integra toda a cadeia de valor dos resíduos eletroeletrônicos (REEE), operando através de uma plataforma em nuvem com processos padronizados e total rastreabilidade, permitindo que processadores locais possam operar em todo território nacional através do efeito rede, reduzindo custos de logística.
Fundada em 2019 a partir de profissionais que atuam há mais de 12 anos no processamento de Resíduos de Produtos Eletroeletrônicos no País (REEE), a empresa apresentou ao mercado em 2020 a Plaaforma Think Circular, a primeira plataforma que conecta e digitaliza a cadeia produtiva de reciclagem de produtos eletroeletrônicos.
A plataforma apresenta ferramentas normatizadas para a gestão e destinação de REEE, incluindo gestão logística, comercial (CRM), gestão de documentos e requisitos ambientais, e de saúde e segurança, manufatura reversa, com rastreabilidade ponta a ponta através de tecnologia Sankey, incluindo gestão eletrônica do MTR – Manifestos de Transporte de Resíduos e CDF – Certificado de Destinação Final integrado aos órgão ambientais estaduais e federal (SINIR).
A plataforma é certificada pelo Procedimento Específico da ABNT, PE-387 – Resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, e dá suporte aos operadores para que obtenham a certificação requerida pela Lei, de acordo com a norma ABNT NBR 16156. A plataforma possui todos os requisitos necessários para que o reciclador consiga se certificar e fazer parte do sistema de logística reversa, cooperando com a economia circular dos eletroeletrônicos.
Além disso, a plataforma conecta empresas compradoras de materiais, partes e peças, empresas que ofertam serviços ambientais, bem como Corporações e Fabricantes para a gestão de programas individuais de logística reversa e soluções globais de destinação ambiental de eletrônicos.
A plataforma conta com 11 processadores ambientais conectados em todo o território nacional, assim com uma operação na Índia, atendendo clientes como Huawei, GE, Hytera, Honda e Intel, filiada à ABETRE – Associação das empresas de Tratamento de Resíduos, bem como signatária do Pacto Global da ONU. A empresa tem o objetivo de encerrar 2021 com mais de 20 processadores ambientais, gerenciando cerca de 3.000 tons de resíduos eletroeletrônicos e 45 contratos de logística reversa.
Sobre a Kangu
A Kangu conecta, através da sua plataforma digital uma rede vendedores de e-commerce, clientes, empresas de transporte e estabelecimentos de bairro como pontos de envio e coleta com objetivo de viabilizar envios, devoluções e retiras mais eficientes, convenientes e sustentáveis, tornando a logística das cidades mais inteligentes e colaborativas.
Com a Kangu, para enviar, receber ou devolver uma encomenda, não precisa ir longe. São mais de 600 pontos Kangu só na cidade de São Paulo e 2.700 pontos no Brasil, todos abrigados por estabelecimentos comerciais de bairros, capacitados para receber e armazenar pacotes com segurança. O efeito direto deste modelo é o aumento do fluxo nestes estabelecimentos, contribuindo para o fortalecimento de negócios locais.