Serviços de informação puxam bom desempenho do setor, segundo IBGE

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O Brasil registrou, em 2005, mais de 948 mil empresas atuando no setor de serviços, um número 8,8% superior às 871 mil existentes no ano anterior. Os dados são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS), divulgada nesta quarta-feira (25/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além de crescimento no número de empresas, a pesquisa mostrou aumento do número de empregados no setor de serviços. Em 2005, eram 7,5 milhões, contra 6,9 milhões registrados no ano anterior. Cerca de 80% dos empregos no setor de serviços foram concentrados pelos segmentos de transportes, correio, serviços prestados às famílias e às empresas.

Apesar disso, de acordo com o levantamento, a média dos rendimentos dos trabalhadores no setor foi de 2,9 salários mínimos (o equivalente a cerca de R$ 1.110 em valores atuais), um retrocesso em relação ao ano de 2000, quando a remuneração média era de 3,9 salários mínimos. A maior média salarial, em 2005, foi registrada nos serviços de informação (7,2 salários mínimos) e a menor, nos serviços prestados às famílias (1,6 salário mínimo).

Quanto aos rendimentos da área, a pesquisa do IBGE mostrou que o segmento de transportes, serviços auxiliares e correios teve a maior participação na receita operacional líquida do setor em 2005, estimada em R$ 450,1 bilhões. Com R$ 136,9 bilhões, esse segmento foi responsável por 30,4% do total apurado. O segmento de serviços de informação veio em segundo lugar, com 29,7%, puxado principalmente pelo bom desempenho das atividades de telecomunicações, que somaram, sozinhas, 19,4% da receita líquida global do setor.

De acordo com Eduardo Pontes, economista do IBGE, a atividade de informação apresentou em 2005 a maior produtividade do setor de serviços e também a maior média de salário paga aos empregados (11,3 salários mínimos). ?É uma atividade muito dinâmica, que está dentro das tecnologias de informação e comunicação, paga os melhores salários e tem a maior produtividade de todo o setor. São aproximadamente R$ 434 mil que cada pessoa ocupada adicionou na economia do setor? ressaltou Pontes.

A Pesquisa Anual de Serviços também apontou diminuição na participação da região Sudeste no setor em 2005 em comparação com o ano de 2000. As empresas da região tiveram em média queda de dois pontos percentuais em receita, participação salarial e número de empregados. As demais regiões do país registraram alta nos três indicadores de 2000 para 2005.

Com informações da Agência Brasil.

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