A Integral Ad Science (IAS), plataforma líder global em mensuração e otimização de mídia, disponibilizou uma versão em português do Brasil do seu 19º Relatório de Qualidade de Mídia, estudo anual produzido pela companhia para avaliar os benchmarks globais e de cada país (incluindo o Brasil) sobre a qualidade de anúncios digitais na open web, incluindo indicadores de Brand Risk (risco de marca), métricas de Viewability (visibilidade de mídia), Time-in-View (tempo de reprodução de vídeos) além de incidências de Ad Fraud (fraudes de anúncios, que são atividades deliberadas na web com o objetivo de desviar anúncios digitais para sites fraudulentos, impedindo-os de serem exibidos a pessoas reais).
O relatório informa os reultados semestrais e os dados consolidados do ano de 2023. Para baixar o documento da IAS em português, clique aqui. A IAS analisa mais de 280 bilhões de interações digitais diárias no mundo para fornecer referências e insights acionáveis para otimizar o desempenho das campanhas e valorizar o investimento das marcas.
Cenário de brand risk
Em geral, o risco de associação a conteúdos nocivos para as marcas no mundo, em todas as categorias e formatos de mídia, manteve a estabilidade ante o ano anterior, a uma taxa de 1,7% (valor semelhante ao do Brasil). Este cenário pode ser explicado, em parte, pela priorização dada à proteção de marca pelo setor do marketing –segundo a IAS, 80% dos publicitários disseram incluir a mitigação de riscos entre as maiores prioridades de 2024.
E embora a média global de Brand Risk venha caindo desde 2018 (quando a taxa foi 6,5%), nota-se uma desaceleração desse recuo, explicado pela iminente ameaça de conteúdos de deep fake gerados com IA, e desinformações no período pré-eleitoral.
Brasil: conteúdos adultos e downloads ilegais
No recorte de Brand Risk por categoria, ao longo do ano de 2023, a maior recorrência no Brasil foram conteúdos de violência, ou 41,5% dos casos (considerando os formatos em desktop e em mobile web) –cenário pouco melhor que a média global, 47,5%. As categorias seguintes com maior recorrência no país têm discrepância maior com o cenário global –são elas a de conteúdos adultos, representando 39% do total (acima da média mundial, de 20%) e de downloads ilegais, com 13,1% dos casos no país (ante 4,5% em média, no mundo).
Na direção contrária, o Brasil registrou incidências bem menores que as médias globais para os temas de discurso de ódio –com 1,3% (ante 8,1% no mundo), e consumo de bebidas alcoólicas –com 0,85% (ante 9% no valor global).
Fraude de anúncios
As fraudes de anúncios evidenciaram o contraste no desempenho entre as campanhas otimizadas (protegidas com ferramenta anti-fraude) e as não otimizadas. O relatório detectou uma taxa recorde no segundo semestre de 2023 para as campanhas otimizadas, com uma incidência de fraudes de apenas 0,6% –o menor índice desde 2020.
Todos os formatos de mídia registraram quedas, sendo que os formatos de anúncio para desktop e de vídeo tiveram redução mais expressiva. Por outro lado, campanhas desprotegidas registraram aumento de violações de até 14 vezes maior (8,4%) no período.
Tempo de exibição
O tempo em exibição atingiu um novo valor mínimo no segundo semestre de 2023, com uma média de 15,78 segundos, considerando todas as regiões e ambientes online. Embora essa redução não seja o ideal, a pesquisa da IAS constatou que a exibição de um anúncio por entre 3 e 10 segundos é tempo o suficiente para impulsionar o aumento das vendas.
Visibilidade
Ao mesmo tempo, a taxa de visibilidade de anúncio atingiu níveis recordes no período, com uma taxa média geral de 76,1%. O parâmetro de visibilidade significa que uma mídia teve no mínimo 50% de seus pixels mostrados na tela por pelo menos 1 segundo –para os anúncios em formato display, ou por ao menos 2 segundos – para os formatos de vídeo.