A Microsoft e a Unicamp ampliaram o escopo de um acordo relacionado ao desenvolvimento de projetos de interoperabilidade entre o Windows Server 2003 e Linux, no laboratório do Instituto de Computação da universidade, localizado em Campinas (SP). Serão selecionados novos desenvolvedores e um gerente de projeto que, juntos, irão coordenar os trabalhos com alunos bolsistas, para a realização de atividades de integração entre as duas plataformas.
O laboratório da Microsoft na Unicamp nasceu do acordo fechado em 2003 entre o Microsoft Research University Relations e a universidade brasileira, como parte de um programa que visa aproximar as ações da iniciativa privada do mundo acadêmico, aumentando o potencial competitivo de professores, alunos e pesquisadores. As inovações tecnológicas produzidas neste e em outros laboratórios similares ao redor do mundo retornam ao mercado na forma de produtos e tecnologias que resolvem problemas do dia-a-dia das corporações e da sociedade de forma geral.
Na avaliação do gerente de estratégias de mercado da Microsoft, o acordo é uma resposta aos clientes brasileiros que, segundo ele, sempre questionam como pode ser feita a integração entre a plataforma da empresa e as de código-fonte aberto. ?O acordo será uma fonte importantíssima de geração de conhecimento local, fruto dos estudos que forem gerados pelo laboratório, como artigos, guias, documentação e linhas de código, entre outros?, disse.
De imediato a equipe dedicada a este projeto trabalhará em pesquisa de computação de alta performance e na integração entre o Active Directory e o Open LDAP. Estes aplicativos permitem o gerenciamento remoto de todos os objetos da rede, permitindo que os usuários acessem todos os recursos do ambiente de tecnologia.
O professor doutor do Instituto de Computação da Unicamp e coordenador do Laboratório Microsoft na instituição, destacou que a colaboração da iniciativa privada permite aos estudantes vivenciarem experiências práticas do mundo corporativo, com uma formação adicional muito importante para o futuro profissional de cada um deles. ?Os novos projetos trazem uma questão muito interessante também, a da interoperabilidade. Vamos colocar dois mundos para conversar, criando a rica experiência de gerar conhecimento próprio em tecnologia da informação?, afirmou.