Na banda larga móvel, Arpu não é o indicador mais importante

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Operadoras móveis de todo o mundo enfrentam uma equação difícil de ser solucionada. Como tornar lucrativo seus serviços de banda larga móvel? No passado o indicador Arpu (média de receita por usuário) mostrava bem como andava o negócio, porque os recursos de rede não eram tão consumidos com os serviços tradicionais como voz e SMS. Com o advento da banda larga móvel, o volume de dados tem uma pressão enorme no custo com rede e, no fim das contas, na receita com o serviço. De acordo com o estudo Maximizando o Lucro por Megabyte da Acision, o SMS gera aproximadamente US$ 260 de receita por MB, enquanto que a banda larga móvel gera US$ 0,07. "A banda larga móvel coloca uma pressão nos recursos de rede que as operadoras nunca viram antes. Arpu, portanto, não é o indicador mais importante para banda larga móvel, é apenas parte dele. De agora em diante, lucro por megabyte é o indicador dominante na banda larga móvel", diz o estudo.
As operadoras móveis fizeram um bom trabalho para atrair novos clientes, especialmente com os planos de tarifa flat com limite de download. O estudo mostra que a conseqüência desse rápido avanço no número de clientes é a queda do lucro por megabyte. Na batalha pelo cliente os preços caíram bastante e o limite de uso das franquias foi ampliado. A Acision estima que esse limite tenha dobrado para 4 Gb no último ano. Como conseqüência disso, o lucro por megabyte caiu de 60% a 70% em um ano. "E como não há mecanismos dentro dos modelos de preço sobre onde, quando e como os usuários podem consumir o serviço, as operadoras móveis não têm ferramentas para prevenir congestionamento durante os horários de pico", diz o estudo.
O consumo de banda, segundo a Acision, deverá dobrar ano a ano. Essa quantidade de tráfego vai causar sérios problemas de congestionamentos, resultando insatisfação do usuário. "Encontrar uma maneira de lidar de forma eficiente com essa enorme quantidade de dados será a principal prioridade das operadoras", diz o estudo.
Pré-pago
A companhia acredita que a cobrança pré-paga será peça-chave para a adoção da banda larga móvel pelo mercado de massa. Na Europa, por exemplo, estima-se que as assinaturas pré-pagas representarão cerca de 59% de todas as conexões de banda larga móvel em 2014. Hoje esse número está em 8%. Para prever congestionamentos de rede as operadoras devem adquirir capacidade para controlar a quantidade de usuários simultâneos e o tráfego que eles geram em horários de pico. A banda larga móvel está se transformando. De um serviço de nicho, voltado para o mercado corporativo em um serviço de massa, o que poderá gerar volume e receita e torná-lo lucrativo em um futuro não muito distante, sinaliza o estudo. Mesmo com o impacto da crise econômica, o estudo da Acision considera que a banda larga móvel vai passar o SMS como maior fonte de receita de dados.

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