Sabemos que existem muitos métodos que melhoram o ambiente de trabalho, tornando-o mais agradável a todos numa organização. A gestão humanizada é um desses elementos, e pode ser responsável pelo sucesso da gestão interna. Um ecossistema propício à saúde, ao bem-estar e ao desenvolvimento humano, está diretamente ligado a um clima colaborativo e de maior produtividade. Esse modelo de Administração se atenta às particularidades de cada colaborador e traz como valor maior a empatia.
Acredito fortemente no modelo de gestão humanizada e venho implementando essa metodologia desde 2018, quando assumi integralmente a gestão da companhia, a qual foi fundada por meu pai. Além de reconhecer o método como eficaz, gosto pessoalmente do relacionamento próximo com (e entre) os colaboradores.
Assim que assumi a gestão da companhia, entendi o tamanho da responsabilidade e vi que o maior capital de uma organização é sua equipe. Dessa forma, além de investir tempo e dinheiro para satisfazer nossos clientes externos, busco diariamente por meio da boa comunicação, infraestrutura saudável e condições favoráveis de trabalho, atender às demandas e a servir os nossos clientes internos.
Considerar cada colaborador como único, faz parte do nosso gerenciamento interno. Buscamos conhecer as características e individualidades de cada um, pois sabemos que todos possuem expectativas, desejos e dificuldades. Nesse sentido, aprendo um pouco a cada dia (como um verdadeiro aprendiz), buscando ouvir mais do que falar.
Em uma sociedade caracterizada pelo individualismo, resgatar o pensamento coletivo se torna essencial. Tenho visto que no mundo corporativo, esse clima afeta a saúde dos colaboradores e é capaz de culminar em diversos males, como depressão, estresse, ansiedade e síndrome de burnout (esgotamento profissional).
Sobram motivos para aplicar uma gestão humanizada. Quando os colaboradores se sentem valorizados e respeitados, eles promovem um ambiente de trabalho mais saudável e prazeroso. Com isso, a rotatividade diminui, a cultura da empresa é fortalecida e a retenção de talentos acontece naturalmente. Esses fatores juntos criam um ciclo virtuoso em que tanto a empresa quanto os colaboradores se beneficiam.
No entanto, nem tudo é sempre bom ou benéfico. Existem desafios a serem vencidos. A resistência às mudanças pode ser um dos maiores, pois muitas vezes uma gestão inovadora ou diferente do modelo tradicional, pode encontrar resistência por parte de colaboradores acostumados com formas de trabalho mais conservadoras. Neste caso, é necessário estabelecer uma mudança cultural, principalmente com campanhas internas.
Vejo que atualmente na área de TI, existe uma imensa escassez de mão de obra qualificada e a retenção de talentos é um grande desafio. Em geral, percebo que esses talentos estão indo atrás de empresas que sejam sim reconhecidas pelo seu bom trabalho, mas que também ofereçam oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional e, principalmente, que estabeleçam uma boa relação com a equipe.
Sendo assim, acredito que um bom profissional ativo no mercado certamente vai priorizar fazer parte de uma empresa que tenha uma cultura preocupada em reconhecer o seu time e valorizar a sua equipe.
Cristiano Buss, CEO da Teletex.