A Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Serpro anunciaram o início do funcionamento do primeiro data lake de governo voltado exclusivamente para análise de informações do setor mineral. A tecnologia vai permitir a captação seletiva de dados, promover análises avançadas e otimizar sistemas.
"O lago já está pronto, integrando asas bases de dados da ANM, com a parede para análise já disponível. A previsão é de que, em outubro, já tenha sido produzido um primeiro painel, que vai tratar sobre Inteligência Fiscal na Arrecadação Mineral", explicou Alysson Magalhães, gerente do departamento do Serpro responsável por soluções digitais para mineração. O data lake desenvolvido pelo Serpro já integra 20 bases de dados provenientes dos sistemas da ANM, com atualizações automatizadas diariamente.
O lançamento da tecnologia faz parte de uma iniciativa ainda maior de modernização das normas e sistemas de mineração do país. A ideia é utilizar tecnologias como inteligência artificial, promover a interoperabilidade entre as diversas bases de dados do governo e transformar todo o ecossistema brasileiro de gestão de recursos minerais.
Fabio Borges, superintendente de inovação da ANM, destacou a relevância desse projeto: "O ANM Data é um divisor de águas para o setor mineral. Com a implantação do data lake, estamos não apenas modernizando a regulação, mas também criando condições para uma gestão muito mais eficiente, pautada em dados concretos e análise avançada", avaliou.
Plataforma
O data lake é o primeiro passo para a construção da Plataforma de Gestão de Recursos Minerais do Brasil. O ambiente, que irá incluir dados não só da União, mas também de estados e municípios, está previsto para ser lançado em 2025. A expectativa é que, ainda neste trimestre, sejam lançadas soluções analíticas especialmente voltadas para mineradoras e municípios.
Alysson Costa, gerente de negócios do Serpro, também celebrou a parceria: "Esse é um grande passo para a ANM e o setor mineral como um todo. O data lake traz uma capacidade sem precedentes de cruzamento e análise de dados, o que permitirá uma gestão mais ágil e precisa dos recursos minerais, além de proporcionar maior transparência para mineradoras, municípios e o governo federal".