Jovens criam fintech com investimento do fundador do Peixe Urbano

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Uma ideia inovadora e o aprendizado rápido em soluções de meios de pagamento. Esses foram os ingredientes que levaram dois jovens, João Miranda e Thiago Arnese, de 22 anos e 24 anos, respectivamente, a criar uma startup com foco em tecnologia financeira – especificamente meios de pagamento – e que atraiu o fundo de investimentos Canary, criado por nomes de peso do empreendedorismo brasileiro, entre eles Julio Vasconcellos, fundador do Peixe Urbano.

Com uma experiência prévia em outra startup de meios de pagamento – a Pagar.me -, os jovens empreendedores decidiram utilizar os conhecimentos adquiridos para fundar a Hash lab. A fintech, como é conhecida empresas de tecnologia financeira, foi fundada no início deste ano com o objetivo de ser uma plataforma integrada de soluções para o ecossistema de pagamentos.

A solução funcionará como um Provedor de Serviços de Pagamentos (PSP, na sigla em inglês) para grandes redes de estabelecimentos comerciais, como distribuidores, atacadistas, redes de franquias e empresas que atuam com venda direta. A inovação se dá pela facilidade em adotar a solução, que se difere de outros meios de pagamentos, como adquirentes e intermediadores, tanto pelo custo como pela taxa de conversão.

Ou seja, a startup irá prover a plataforma completa para uma empresa, como a de venda direta, por exemplo, a se tornar um meio de pagamento (ou Provedor de Serviço de Pagamento). Assim, essa empresa irá melhorar a experiência com sua rede de revendedores por meio de uma maquininha customizada. Isso fará com que o valor da venda feita por sua rede seja enviado diretamente para a empresa e seu revendedor receba a comissão diretamente em sua conta bancária ou cartão pré-pago.

"Hoje no Brasil o mercado físico de pagamentos é muito mal atendido no quesito de soluções", avalia Miranda. "Existe uma grande briga por taxas e a adquirência por si só já é quase uma commodity. Em contrapartida, há diversas empresas que possuem grandes redes que geram muito valor para comerciantes e estabelecimentos", complementa.

Com a ideia, os jovens conseguiram atrair a atenção do fundo de investimentos Canary, que foi criado por Julio Vasconcellos, fundador do site de ofertas Peixe Urbano, em parceria com outros empreendedores de peso. O fundo realizou um aporte financeiro na startup. O valor, porém, não foi divulgado. "O valor do investimento vai ser direcionado principalmente para contratação de mais pessoas para o time", afirma Arnese.

A Hash lab já conta na sua carteira de clientes com nomes como Leo Madeiras, Printi, Mobbi, entre outros. A expectativa é fechar o ano com um total transacionado dentro da solução de mais de R$ 50 milhões. "O Ano de 2017, mesmo com o volume alto, será um ano para pilotar a solução", conta Miranda.

Para o próximo ano, os empreendedores querem focar em escalar a força de vendas, em conjunto com os parceiros da startup, que são fornecedores de hardware, adquirentes, emissores de cartão, entre outros. Arnese aponta o potencial do mercado. De acordo com ele, o volume de transação entre empresas movimenta mais de R$ 1 trilhão por ano, sendo que apenas 3% desse montante é proveniente de Provedores de Serviços de Pagamentos.

De acordo com ele, o papel da Hash lab é democratizar a tecnologia do ecossistema de pagamentos, tornando empresas em Provedores de Serviços de Pagamentos. Por fazer isso, as empresas se tornam muito mais capacitadas, em termos de infraestrutura tecnológica, resolvendo todos os problemas técnicos no fluxo de informação e dinheiro entre o comprador, o lojista e os bancos.

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