Em um período de apenas quatro meses, o Banco do Brasil conseguiu deixar de pagar R$ 15 milhões em despesas telefônicas, simplesmente confrontando as contas das operadoras com suas próprias medições internas e conferindo as cobranças com as cláusulas de concessão de descontos e benefícios tarifários dos contratos de serviços.
O resultado foi obtido a partir da instalação de um sistema de gestão de telecomunicações (billing), desenvolvido pelo CPqD e implantado no banco com serviços de integração da Cobra Tecnologia. Além dos custos evitados, o banco obteve também uma redução da ordem de R$ 2 milhões ao mês em seus gastos de telefonia a partir do gerenciamento racionalizado desses serviços com o uso de ferramentas do mesmo sistema de billing.
Funcionando parcialmente desde abril deste ano, a nova solução gerenciará um total de 70 mil linhas de voz e 6 mil telefones celulares espalhados por todo o país, além de 12 mil circuitos de dados e 400 unidades de PABX.
O novo sistema de billing é uma ferramenta de software que reproduz internamente os procedimentos de medição e tarifação de serviços praticados pelas operadoras para a auditoria das faturas enviadas por esses fornecedores. Através de suas ferramentas, os gestores podem centralizar completamente a administração de linhas e ramais e estabelecer políticas de uso de telefonia segundo critérios personalizados. Ou seja, pelo modelo da solução, cada funcionário da instituição passa a utilizar o telefone com limites e facilidades adequadas ao perfil de sua atividade e recebe mensalmente uma espécie de "conta telefônica" interna relativa ao seu próprio ramal.
O objetivo, explica Alberto Okada, gerente do projeto de billing do Banco do Brasil, é conseguir comprometer todo o corpo funcional da instituição em políticas de racionalização dos custos e uso produtivo dos serviços telefônicos.
Já para o presidente da Cobra, Leandro Vergara, a experiência do Banco do Brasil deve abrir um grande potencial de mercado para a nova solução de billing. "O descontrole de gastos de telecomunicações é um forte fator de evasão de recursos de prefeituras, bancos, repartições públicas. Com a solução de gestão do CPqD queremos oferecer aos usuários a oportunidade de produzir um choque de racionalização com retorno financeiro imediato", assinala.
Com os recursos administrativos do sistema, os gestores de informação das instituições podem também dimensionar as reais necessidades de telefonia do corpo funcional, de modo a ancorar políticas de ampliação do sistema e até a devolução de linhas ociosas para as operadoras. A medição interna do uso pode também servir para a verificação do cumprimento de acordos com as operadoras, como a concessão efetiva de descontos prometidos em contrato; além de permitir avaliar o custo/benefício das diferentes operadoras utilizadas pela instituição.
