Os resultados obtidos pela Dimension Data no Brasil, fornecedora sul-africana de soluções e serviços de gerenciamento e de infra-estrutura de TI, foram os principais responsáveis pela redução do impacto causado pela crise financeira mundial na receita da companhia no último ano fiscal. As três regiões em que a empresa obteve maior crescimento foram México, Canadá e Brasil, que sozinho representou 60% do total de novos negócios gerados nestas três localidades.
"O avanço nessas regiões sustentou o crescimento da companhia e amenizou a queda nas vendas nos Estados Unidos. O Brasil contribuiu com a principal parcela", comenta Emerson Murakami, diretor de operações da Dimension Data no Brasil. A companhia fechou o ano fiscal de 2009, encerrado em 30 de setembro, com receita de US$ 3,97 bilhões, queda de 11,9% na comparação com o exercício fiscal anterior.
Diante da importância que a subsidiária brasileira assumiu no resultado global da companhia, Murakami diz que a matriz já projeta um aumento de 30% nos investimentos no país para o ano fiscal de 2010, que se encerrará em 30 de setembro do ano que vem. Os recursos serão destinados principalmente à expansão da presença da companhia. De acordo com Murakami, a Dimension Data Brasil, que atualmente conta com escritórios em São Paulo e Curitiba, abrirá filiais próprias no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre até o fim do primeiro semestre de 2010. Além disso, ela deve ampliar a atuação na América Latina, tanto que já está em fase de negociações avançadas para adquirir uma empresa que opera exclusivamente no Chile, especializada em soluções de comunicações convergentes, especificamente de telefonia IP.
Murakami diz que a expectativa otimista para 2010 se baseia no fato de as empresas terem postergado os investimentos neste ano, que devem ser retomados durante os primeiros três meses do próximo ano. "Esperamos um primeiro trimestre atípico. A demanda deve explodir", acredita Murakami.
Ele adianta que os três principais focos de atuação da Dimension Data no país serão nos segmentos de data center, comunicações convergentes e governança, com maior destaque para o primeiro. A companhia estima que a receita da área de data center, criada neste ano, representerá 15% do total gerado no ano fiscal de 2010 no Brasil.
Outra meta da companhia é elevar a receita com serviços. Atualmente, essa área representa 40% do total – a empresa não divulga cifras regionais –, enquanto que os outros 60% estão relacionados com a venda de produtos. O objetivo da empresa é que até 2011 cada uma das divisões respondam por 50% da receita da subsidiária.
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