Huawei faz melhor oferta para fornecer Core IP à Telebrás

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O leilão para escolher quem será o fornecedor da solução para o Core IP da rede pública gerenciada pela Telebrás atraiu nesta quinta-feira, 25, oito fornecedores e, por enquanto, é o mais disputado do rol de compras que a estatal tem realizado desde o último mês. Até agora, a chinesa Huawei foi quem fez a melhor proposta global, tendo apresentado o melhor lance em 26 dos 47 itens de equipamentos negociados. Apesar da boa performance da empresa, ainda não é possível dizer que ela é a vencedora da disputa, uma vez que a Telebrás suspendeu o leilão para analisar a proposta apresentada. O pregão eletrônico será retomado nessa sexta-feira (26), às 15h, pelo sistema ComprasNet do Ministério do Planejamento.
A dúvida no momento é se alguma das empresas brasileiras que participaram da disputa podem ser beneficiadas pelas novas regras de compras públicas estabelecidas pela medida provisória 495/2010, que privilegia a indústria nacional com base da Lei de Inovação. Para ter chance de superar o lance da Huawei, a disputante precisa ser brasileira, possuir Processo Produtivo Básico (PPB) e ter desenvolvido tecnologia no Brasil. Acontece que, de acordo com as informações divulgadas pelo pregoeiro da Telebrás, nenhuma das concorrentes apresentou documentação comprovando que possui PPB. Segundo informações de mercado, não há tecnologia nacional de Core IP disponível, o que abre a porta a estrangeiros. Caso essa situação se confirme até o final do leilão, nenhuma empresa cumpriria as regras do item 9.2.1 do edital e a Huawei poderia ser consagrada vencedora.
Participaram da disputa as brasileiras Inovax, Medidata, Binário e Brasjet (representando a Juniper). Além da Huawei, o leilão contou com a presença das empresas internacionais Nokia Siemens e Alcatel Lucent. Completando o grupo das disputantes aparece a Promon Logicalis, integradora fruto da fusão de diversas representações internacionais, que estaria representando a Cisco.
Segundo fontes envolvidas no leilão é improvável que a regra de preferência nacional seja utilizada neste pregão. Isso porque algumas empresas nacionais até possuem PPBs relacionadas a um ou outro lote de equipamentos. Mas nenhuma companhia tem PPB que abarque todo o objeto do edital, sem contar o já citado fato de não haver tecnologia sendo desenvolvida no Brasil para funcionamento nos equipamentos que compõem o Core IP. Assim, é praticamente certo que a Huawei será mesmo declarada vencedora. A vencedora, no entanto, terá que cumprir uma exigência um tanto polêmica feita pela Telebrás: abrir os códigos-fonte dos sietemas fornecidos à estatal.
Conclusão do leilão da rede de acesso IP/MPLS
A Telebrás também tentou retomar nesta quainta a disputa iniciada na quarta-feira, 24, para a escolha do fornecedor de equipamentos para a borda e acesso IP, mas o pregoeiro acabou adiando novamente a conclusão do pregão. O motivo é que a estatal ainda está analisando as propostas apresentadas. Pelos lances feitos ontem, a melhor oferta é a da Datacom (Teracom Telemática). O pregão será retomado nessa sexta-feira, 26, às 17h.
Na mesma sexta, a Telebrás realizará mais um leilão envolvendo elementos da rede IP. Na disputa, que começa às 10h, será escolhido o fornecedor de serviços auxiliares da rede IP, fechando o ciclo de compras para viabilizar a conexão da nova rede pública.

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