No ano passado, o Prosoft (Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da Informação), do BNDES, liberou R$ 220 milhões, do total de R$ 1,2 bilhão pleiteado pela Softex (Associação para a Promoção da Excelência do Software Brasileiro), para atender os 35 planos de negócios escolhidos para receber os recursos. A cifra representa um aumento de quase dez vezes em relação ao total aprovado em 2007, que foi de R$ 22,4 milhões.
O programa, que foi reformulado em julho de 2007 com o propósito de facilitar o acesso aos recursos por pequenas e médias empresas, conta com um orçamento de R$ 1 bilhão até 31 de julho de 2012 e agora passou a financiar não apenas empresas produtoras de software, mas todos os segmentos de serviços de TI.
"A partir da reformulação do programa, a natureza do apoio prestado pela Softex às empresas foi ampliado, principalmente porque começamos a trabalhar não apenas com o Prosoft-Empresa, mas também com o Prosoft-Exportação e o Prosoft-Comercialização", ressalta Arnaldo Bacha, vice-presidente executivo da Softex.
O executivo observa que, além disso, a Softex passou a orientar também o encaminhamento dos planos de negócios de grandes empresas e a trabalhar com operações mais complexas, muitas delas envolvendo processos de fusões e aquisições, como foi o caso da Totvs com a Datasul.
Carlos Alberto Leitão, gerente de funding da entidade, lembra que no ano passado foram atendidas mais de cem empresas – considerando todas as modalidades do Prosoft – e enquadrada a primeira operação com o Prosoft-Exportação, no total de US$ 1 milhão. "Trata-se de uma linha dedicada ao financiamento de exportações na modalidade pré e pós-embarque. Ela abriu um novo campo de trabalho para nós junto às companhias com viés exportador", apontou.
Para as micro e pequenas empresas que eventualmente não se enquadrem nas diretrizes do Prosoft, a Softex atua orientando sobre o funcionamento das principais opções de acesso a capital disponíveis no mercado brasileiro, como, por exemplo, as oferecidas pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), pelas FAPs (Fundações de Amparo à Pesquisa), e pelos diferentes fundos de capital de risco em operação no país.
"Está disponível no site da Softex, uma cartilha eletrônica denominada 'Fontes de Captação de Recursos para o setor de TI' que detalha as instituições e as modalidades de financiamento governamentais e privadas, incluindo capital semente, fundos de venture capital e de private equity", informou Leitão.
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