A empresa Tecnologia Organizacional, fornecedora soluções de TI e processos de negócios, que ocupava o 3º andar do edifício Liberdade que desabou na noite de quarta-feira, 25, no centro do Rio de Janeiro, divulgou comunicado em sua página na internet sem citar a reforma que realizava no andar. No fim da noite, a empresa retirou o comunicado de seu site.
Apesar de ainda não se saber a causa do desabamento, há suspeita de que o acidente tenha sido causado pela reforma realizada pela empresa, que teria tirado todas as paredes, incluindo vigas. Em entrevista ao Jornal Nacional, um funcionário da Tecnologia Organizacional, que não quis se identificar, disse que as vigas do 3º andar foram destruídas com a reforma.
O presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Conselho Regional de Engenharia (CREA), Luiz Antonio Cosenza, confirmou em entrevista ao portal UOL que estavam sendo realizadas obras no terceiro e no nono andar do edifício Liberdade. Já o engenheiro civil Antônio Eulálio Pedrosa Araújo, consultor do CREA, afirmou ainda que as obras eram ilegais, pois não tinham autorização do conselho.
A Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou nota na noite desta quinta-feira, 26, informando que os três imóveis que desabaram na noite de ontem na Avenida Treze de Maio, no centro da capital, estavam em situação regular e possuíam o habite-se. A nota diz que "não constam na Secretaria de Urbanismo qualquer pedido de licenciamento de obras recentes nesses imóveis, qualquer denúncia de obra irregular e ainda qualquer registro de ocorrência ligada à estabilidade e segurança das edificações".