A Nokia Siemens Networks procurou enfatizar em sua apresentação anual a analistas e à imprensa, realizada neste domingo, dia 26, durante o Mobile World Congress, em Barcelona, que apesar de não ocupar hoje uma posição de liderança em termos de receitas com LTE entre os principais fornecedores, espera passar a ocupar esta posição tão logo seus principais contratos se tornem operacionais. A empresa fornecedora assegura ter contrato com 22 das 49 redes LTE já operacionais, e 52 contratos garantidos ao todo, incluindo aquelas que ainda não entraram em operação. Em 2011, a Nokia Siemens Networks conseguiu ampliar suas receitas globais de 12,7 bilhões de euros em 2010 para 14 bilhões, e o lucro foi de 95 milhões para 225 milhões. Mas segundo Rajeev Suri, CEO da empresa, a fase de ajustes, apesar de já ter passado pela primeira fase, está longe do fim, e como já havia sido anunciado em novembro, a empresa ainda planeja sair de outros setores não estratégicos (como o de redes fixas) para se focar apenas em mobilidade, e reduzir em 16 mil funcionários seus colaboradores (1 mil já foram cortados desde novembro).
Como todos os fornecedores, a Nokia Siemens Networks procura sensibilizar seus principais clientes e investidores com um número de impacto que ilustre a necessidade de uma rápida evolução das redes para o LTE (e, portanto, a compra de mais tecnologias e equipamentos). Para a NSN, o número mágico é 1 Gb de dados consumido por dia por usuário de redes wireless em 2020.
A solução apresentada pela empresa desde 2011 para isso e que está sendo reforçada por ela este ano é o pacote Liquid Network, que vai desde uma nova concepção de antenas ativas, passando pela parte de rádio, core e sistemas. Como característica, a tecnologia Liquid Network é ajustável ao volume de dados demandado pela rede e permite uso mais eficiente do espectro disponível, segundo a empresa.
A novidade de 2012 da Nokia Siemens é levar esse conceito também a equipamentos de baixo custo, como roteadores WiFi e micro-céluas 4G integradas entre si e gerenciáveis pela rede LTE. É o que a NSN está chamando de FlexiZone. Esta é a aposta da empresa para atender os cerca de 500 milhões que ela estima que haverá no mundo até 2020 e os cerca de 50 milhões de macro-hotspots WiFi utilizados pelas operadoras para descarregar o tráfego da rede móvel.