A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) fez um estudo dos resultados dos editais de Subvenção Econômica à Inovação realizados até o momento e constatou, por meio de entrevistas com empresários, que houve um crescimento de 65,94% no faturamento médio dos empreendimentos após a utilização dos recursos.
O estudo ouviu 24 empresas que receberam integralmente os recursos até setembro de 2009 para o desenvolvimento de 27 projetos, dos quais 11 eram de software.
A pesquisa revela que 22 empresas afirmaram que destinam, usualmente, um percentual do faturamento para atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D). O percentual médio declarado é de 23,13%, índice influenciado, segundo a Finep, pelas microempresas, que no geral destinam bastante recursos para a atividade. Ainda de acordo com o relatório, 18 empresas disseram ter implantado um centro de P&D ou estrutura para esta finalidade após receberem os recursos da subvenção.
Por fim, o levantamento mostra que as empresas de pesquisas têm, no total, 47 produtos, processos ou serviços em desenvolvimento, sendo que 15 deles já estão sendo comercializados, 22 aguardam o momento de venda e dez são protótipos.
Este indicador aponta que 11 das 24 empresas têm, ao menos, um produto ou serviço vendido. "Em geral, empresas de pequeno porte encontram dificuldades para ofertar produtos novos no mercado", afirmou o diretor de inovação da Finep, Eduardo Costa. Ele ressaltou que os recursos da subvenção são para desenvolvimento e não para comercialização inicial, gastos com marketing ou itens equivalentes.
Até o momento, a Finep lançou quatro editais nacionais da Subvenção Econômica à Inovação. Em 2009, foram 261 novas operações no valor de R$ 466 milhões. A carteira da Finep de Subvenção (2006 – 2009) já abriga 825 projetos, no valor de R$ 1,6 bilhão.
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