O mercado de publicidade online movimentou R$ 4,572 bilhões no ano passado no Brasil, cifra 32% superior a registrada em 2011. Para este ano, a projeção é que a taxa de crescimento permaneça inalterada, mas supere a casa dos R$ 6 bilhões. Os dados são do Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil) e têm como base entrevistas feitas com os 200 associados à instituição — empresas de mídia, agências digitais e plataformas digitais.
"Mesmo com a deflação no preço pago pelos anunciantes, provocada pela facilidade de entrada no mercado digital e multiplicidade de concorrentes, o mercado de publicidade digital continua crescendo. Isso significa expansão significativa do setor", explica o presidente do IAB Brasil, Rafael Davini. Enquanto os anúncios exibidos em mídias online (display) e mídias sociais somou R$ 1,827 bilhão de receita no ano passado — o aumento previsto para este ano é de 21%, para R$ 2,206 bilhões —, a publicidade proveniente das ferramentas de buscas totalizou R$ 2,745 bilhões. Para 2013, a previsão é que esta modalidade de anúncio alcance R$ 3,82 bilhões, uma elevação de 39%.
Para Davini, a projeção é reflexo do cenário de dificuldade econômica no mercado mundial. Tradicionalmente, a publicidade em buscadores é mais direta e apresenta resultados mais imediatos, necessários para as companhias que costumam anunciar online. "As mídias sociais, embora também abriguem publicidade, se mostram como um canal de construção de percepção de marca e interação com o consumidor, além de uma importante fonte de dados sobre os clientes. Assim, o retorno é completamente diferente e o plano de investimento, também", explica.
A IAB Brasil não mede o faturamento da publicidade móvel ou das redes de anúncio, as chamadas ad networks. A partir do ano que vem, entretanto, a instituição deve passar a contabilizar esses índices. "A mobilidade já é uma realidade no Brasil. A partir deste ano, quando esperamos que os investimentos em banda larga móvel 4G do governo federal, em resposta às exigências dos eventos esportivos dos próximos anos, veremos uma explosão na adoção dessas tecnologias", acredita o especialista.