O mercado financeiro brasileiro nunca esteve tão disruptivo. Impulsionado pelos avanços das novas tecnologias e inteligência artificial, as operações financeiras estão cada vez mais automatizadas. A adoção de recursos tecnológicos inovadores como o blockchain, Internet das Coisas (IoT), big data e machine learning, garantem agilidade, redução de custos e mais segurança nas operações. Mais que uma simples modernização, toda essa revolução digital é imprescindível em um mercado cada vez mais conectado e exigente.
Essa transformação vivenciada pelo setor que integra as inovações tecnológicas e as operações financeiras, conhecida como Finanças 4.0, reforça um cenário positivo e promissor. E impacta diretamente a prestação de serviço, que está cada vez mais personalizada, além de ampliar a identificação de novas oportunidades de negócios.
A democratização dos serviços de pagamento móvel é um dos destaques dessa transformação e faz parte da rotina da maioria dos consumidores no país. Dados divulgados pela Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária de 2024 apontam que 7 entre 10 operações bancárias foram feitas via celular. No ano de 2023, foram realizadas 130,7 bilhões de operações por smartphones, um aumento de 22% em relação ao ano anterior.
Também não podemos deixar de mencionar o Pix. Segundo dados do Banco Central, foram adicionados ao sistema financeiro nacional pelo Pix, 71,5 milhões de usuários. As transações cresceram 74%, no período. Na comparação entre 2022 e 2023, o número de usuários com Pix cadastrado nas instituições bancárias participantes da pesquisa cresceu 16%.
As operações financeiras complexas estão cada vez mais otimizadas com menos gastos com infraestrutura. Além disso, percebe-se uma expansão dos ecossistemas financeiros dedicados ao ofertar um ambiente mais confiável e transparente para os usuários. A tecnologia blockchain, por exemplo, se destaca ao promover uma profunda transformação na forma como as transações são realizadas, com descentralização e rastreabilidade.
Ao mesmo tempo, diante de toda essa nova configuração do segmento financeiro, nunca se falou tanto em proteção de dados e segurança da informação. A autenticação biométrica, a criptografia e outras políticas de controle de riscos, visando o combate a fraudes e ataques cibernéticos, já estão na rotina de segurança dos usuários.
Todo esse movimento abriu um caminho irreversível para a reformulação de novos modelos de negócios das instituições bancárias, contribuindo para um mercado cada vez mais competitivo e empenhado no desenvolvimento de soluções de alta qualidade, alinhadas com os anseios de um mundo cada vez mais imerso e focado na alta performance das inovações digitais.
Ricardo Sanfelice, diretor executivo de Clientes, Produtos e Inovação do banco BV.