O encontro entre cibersegurança, privacidade e regulação da IA

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Durante mais uma edição do SecOps Summit, reconhecido como o maior evento de Cibersegurança e Operações de TI do Sul do Brasil, foi possível acompanhar e contribuir para discussões essenciais sobre a governança de IA, a privacidade dos titulares de dados e o desafio de equilibrar a evolução tecnológica com o ritmo da legislação.

Falando sobre governança de inteligência artificial e as estratégias para mitigar os riscos de vazamento de dados, especialmente em sistemas de IA generativa, é notória a crescente preocupação com a transparência dos algoritmos e a proteção de informações sensíveis. Neste aspecto, ficou reforçada a importância de um ecossistema regulatório mais robusto.

O descompasso entre o avanço tecnológico e a regulação é um desafio nítido. A inteligência artificial está evoluindo em ritmo acelerado, impactando diretamente a privacidade e a segurança dos dados. A necessidade de diretrizes claras para o uso ético da IA pode contribuir para a questão de como impedir o vazamento de dados em sistemas baseados em IA generativa, por exemplo.

Essa discussão ganha ainda mais relevância diante das recentes declarações do presidente da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), Waldemar Gonçalves. Ele afirmou que a entidade deve avançar na regulação da inteligência artificial antes da implementação de um marco legal específico. Gonçalves ressaltou a importância de exigir transparência sobre a coleta e uso de dados, especialmente no caso de crianças e adolescentes, além de alertar para os riscos dos algoritmos utilizados pelas plataformas digitais para atrair a atenção do público mais jovem.

A conexão entre os debates do SecOps Summit e as iniciativas da ANPD evidencia a necessidade de uma regulamentação eficaz para garantir a segurança digital e a proteção dos dados pessoais, permitindo que as empresas se adaptem às novas exigências e promovam um ambiente mais seguro para os titulares de dados enquanto avançam no desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial.

O futuro da privacidade e da segurança digital passa pela adoção de boas práticas, pela regulação adequada e pela conscientização sobre a importância da transparência no uso da inteligência artificial. Nosso ecossistema de cibersegurança está cada vez mais atento a essas questões.

Aline Deparis, CEO da Privacy Tools.

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