O setor de comércio enfrenta dificuldade para ajustar os recursos de hardware e de software às suas necessidades, razão pela qual arcam com custos elevados de gerenciamento e manutenção da sua infra-estrutura. Essa é a conclusão do estudo Brazil IT Investiment Trends: Commerce 2006, divulgado pela IDC Brasil, sobre o cenário tecnológico das redes atacadista e de varejo do país.
O estudo mostra que esse cenário é típico de organizações com crescimento desordenado. Um o ambiente de TI mal-planejado e o constante processo de aquisições e fusões entre empresas contribuem para a criação de ilhas isoladas de sistemas, de difícil controle, que causam ociosidade e gargalos em toda a operação. Por causa disso, grande parte dos gastos totais com tecnologia é com manutenção e mão-de-obra.
De acordo com a IDC Brasil, desafios dessa natureza acabam por atrasar os investimentos do setor em novos projetos. O orçamento das empresas atacadistas e de varejo para TI, este ano, deverá ser 14% maior que o do exercício passado. As prioridades tendem a ser os projetos de gestão integrada (ERP), segurança e voz sobre IP (VoIP).
?Em um setor sensível a custos e com margens apertadas, como é o caso de comércio, é imprescindível que as empresas consigam diminuir seus gastos com gerenciamento e manutenção de TI, para destinar verba a novos projetos?, observou o analista de mercado e responsável pelo estudo, Reinado Roveri.
O estudo da IDC Brasil indica que, no ano passado, a expansão econômica permitiu ao setor de comércio recuperar o fôlego e gerar caixa para investir em tecnologia. ?Manter a competitividade exigirá investimentos em TI que permitam ao setor realizar gerenciamento de estoques mais precisos e aprimorar processos, com o objetivo de reduzir custos?, explicou Roveri.