O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) questionou os dados divulgados pelo Google de que o Brasil seria o país do mundo que liderava em pedidos para a empresa bloquear alguns de seus conteúdos. Dessa forma, o Grupo de Combate aos Crimes Cibernéticos do do MPF/SP enviou nesta segunda-feira, 26, ofício ao diretor-geral da Google Brasil, Alexandre Dias, requisitando informações sobre estes dados.
O órgão requer que o Google envie, em um prazo de 72 horas, cópia dos dados fornecidos pela Google Brasil que subsidiaram os números sobre o país constantes do relatório Google Requests, que abordava sobre os pedidos dos governos dos países de todo o mundo para a empresa de internet bloquear ou apagar seus conteúdos. No estudo, o Brasil liderou a lista, com 291 solicitações de remoção de conteúdo e outros 3.663 pedidos de envio de dados de usuários, todos realizados entre julho e dezembro de 2009.
A procuradora da República Priscila Costa Schreiner, coordenadora do Grupo do MPF paulista responsável pela investigação de casos de pornografia infantil e racismo na internet, questiona se os números citados sobre conteúdos removidos se referem especificamente aos crimes de pornografia infantil e quer saber de que tipo de casos tratam os outros números sobre o país que aparecem no relatório, especificando a quais serviços da Google eles se referem.
No ofício enviado nesta segunda à Google, o MPF observou que os números da pesquisa Google Requests não batem com os números de casos remetidos pela Google Brasil em cumprimento ao Termo de Ajustamento de Conduta firmado pela Google e o MPF perante a CPI da Pedofilia.
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