Anatel realiza último debate sobre serviços de telefonia fixa

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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), começou nesta terça-feira, 26, no Rio de Janeiro, a última sessão de audiência pública para debater o setor de telefonia fixa do país. A prestação deficiente de serviços nas áreas rurais, o atendimento inadequado oferecido pelas concessionárias e a competição limitada entre as empresas foram algumas das principais reclamações apresentadas pelos usuários de telefonia fixa no país, que participaram dos debates, que se iniciaram em abril
No total, as audiências públicas realizadas pela Anatel já ocorreram em cinco capitais Manaus, Salvador, São Paulo, Brasília e Florianópolis. Segundo o superintendente de Serviços Públicos substituto da Anatel, Fernando Antônio Pádua, a maioria das demandas apontadas pela população já era conhecida da agência. Ele disse, no entanto, que é importante promover esse tipo de discussão para conhecer as questões mais urgentes em termos regionais. Pádua destacou que a agência está investindo num modelo "inovador" de valorização da percepção do usuário em relação aos serviços prestados pelas concessionárias.
Segundo ele, serão promovidas a partir de 2011 pesquisas qualitativas e quantitativas para verificar a satisfação do consumidor com as empresas de telefonia. Os resultados servirão de base para a definição de metas que serão cobradas das companhias. "Esperamos que isso aumente a competitividade entre as empresas, já que os dados permitirão criar uma comparabilidade entre elas. Até então, tínhamos uma preocupação muito mais com a qualidade técnica, mas notamos a necessidade de incorporar a qualidade percebida pelo usuário."
Para Lea Maria Burnier, representante do conselho de usuários de telefonia fixa de uma operadora, a realização desses levantamentos pode significar um grande avanço para os consumidores, já que, segundo ela, a dificuldade em encaminhar reclamações relativas às empresas é um dos maiores problemas enfrentados pelos usuários do serviço. "Quando o consumidor vai fazer uma reclamação, muitas vezes não consegue nem ser atendido pelo call center das empresas. Quando consegue, os atendentes são maltreinados e não resolvem as questões. Por isso, esse termômetro que a Anatel quer criar para dar suporte ao consumidor, observando sua satisfação, pode ajudar bastante. Muitas vezes, sentimos a agência ausente nessa área", afirmou.
Sobre a ampliação da cobertura nas áreas rurais, a Anatel informou que está desenvolvendo um plano de universalização do acesso à telefonia fixa, que deverá contemplar estas e outras regiões. A nova proposta, que faz parte do Plano Geral de Metas para a Universalização para o período de 2011 a 2015, prevê a expansão da rede de telefonia fixa para suporte a serviços de banda larga com capacidade de transmissão mínima de 2,5 gigabits por segundo (Gbps) em todos os municípios com mais de 30 mil habitantes.
De acordo com a Anatel, também está prevista a instalação de quase 110 mil telefones de uso público, os chamados orelhões, que atenderão comunidades quilombolas, postos das polícias Rodoviária Federal e estaduais, escolas rurais, assentamentos, postos de saúde e aldeias indígenas, entre outros. As informações são da Agência Brasil.

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