Teles terão de explicar recusa em assinar termo de compromisso

0

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), marcou para a próxima quarta-feira, 3 de junho, reunião com os advogados das operadoras de telefonia para discutir o termo de cooperação entre elas, o Ministério Público, a Polícia Federal, o Ministério da Justiça, o Comitê Gestor da Internet e a Safernet Brasil para o combate a pedofilia na internet.
Na reunião da CPI desta terça-feira, 27, Malta também comunicou que vai convocar individualmente os presidentes das empresas telefônicas para tratar do assunto. Ele disse estar indignado com o fato de algumas empresas afirmarem à imprensa terem assinado o termo de cooperação, quando, na verdade, não o fizeram. E contou que apenas a TIM, Oi e Telemar assinaram o documento. As demais, informou, chegaram a anunciar que assinariam o termo, mas desistiram após movimento de uma das empresas, durante a semana passada, contrário ao acordo.
O senador disse que o termo de colaboração foi elaborado com base nas discussões entre a comissão e as empresas de telefonia. Na opinião de Malta, a parceria com as teles é imprescindível, uma vez que as investigações dependem das informações por elas fornecidas. "Espero que cheguemos a um denominador comum em favor das crianças. Temos que tomar posição no sentido de proteger nossas crianças, seja filho de rico, de diretor de multinacional ou filho de desempregado", destacou.
Segundo o advogado Luiz Fonseca, que representou as empresas telefônicas na reunião da CPI, o termo de colaboração é inconstitucional, pois prevê quebra de sigilo telefônico sem a necessidade de ordem judicial. Ele apontou também questões de ordem técnica, como os prazos para responder a pedidos de informações, como impedimento para que as empresas assinem o documento nos termos propostos, ressaltou o advogado. "Não existe por parte de nenhuma das teles a disposição de resistir ou se negar a colaborar. O que existe é a vontade de se criar um termo que seja de acordo com a legislação constitucional e que seja exeqüível", disse Fonseca. As informações são da Agência Senado.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.