A Liga Ventures, com apoio estratégico da PwC Brasil, anuncia o lançamento do relatório que mostra a evolução das startups no segmento varejista no país. Ao todo foram mapeadas 380 RetailTechs que estão ativas e utilizam diferentes tecnologias, como a inteligência artificial e a análise de dados, para automatizar processos, melhorar jornada de compra nas lojas físicas e online e promover inovações tecnológicas para o setor.
O levantamento aponta as principais categorias das Retail Techs, como comunicação e relacionamento com o cliente (11,05%); gerenciamento de loja (7,63%); análise de dados (6,32%); meios de pagamento (6,32); criação/personalização de e-commerce (6,32%); gestão de estoques (4,47%); experiência do cliente (4,47%); sustentabilidade (3,68%); fidelização do cliente (3,42%); lojas autônomas (3,16%); colaboradores (3,16%); e logística (3,16%); chatbots (3,16).
Em relação a investimentos, é possível ver que, após o pico do mercado de venture capital de 2021, o montante aportado em startups do setor voltou a parâmetros mais próximos aos períodos anteriores. Em 2022, foram R$ 902 milhões investidos. O número representa apenas 9% do investido em 2021, mas é um crescimento de 17% em relação a 2020.
O estudo traz também as regiões com maior distribuição de startups ativas. No primeiro lugar do ranking está São Paulo (45,26%); seguido de Santa Catarina (12,89%); Minas Gerais (7,63%); Paraná (7,11%); Rio de Janeiro (7,11%); Rio Grande do Sul (5,53%); Espírito Santo (2,63%); Pernambuco (2,37%); Bahia (1,84%) e Ceará (1,58%).
Outro dado interessante se refere a análise da maturidade das startups mapeadas, onde 40% são emergentes; 28% estão estáveis; 21% são nascentes e 11% delas disruptivas. Já com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se API (29%); Big Data (16%); Data Analytics (12%); Autoatendimento (9%) e Automação de Processos (7%). Já com relação ao público-alvo, o estudo mostra que 71% das startups têm como foco o mercado B2B.
"O objetivo é sinalizar tendências e discutir como está sendo a aplicação de novas tecnologias, como a inteligência artificial, no segmento varejista. Diante das incertezas macroeconômicas, queremos sanar anseios e dúvidas sobre como aplicar tais tecnologias para trazerem resultados aos negócios e acelerarem a transformação digital. E faremos isso através de um movimento coordenado para vários setores do mercado, através de inteligência, sensibilização e mobilização pró-inovação, chamado de Follow-on", afirma Guilherme Massa, um dos fundadores da Liga Ventures.
Segundo Massa, o papel com esse estudo "é mostrar as categorias mais defasadas de soluções inovadoras, as dificuldades enfrentadas pelos profissionais do setor e quais as áreas que eles podem atuar mais facilmente, já que esse é um mercado muito promissor".
Para realizar o estudo foram utilizados dados do mapa de varejo da ferramenta Startup Scanner, plataforma criada pela Liga Ventures, com apoio estratégico da PwC, que identifica e acompanha dados de startups do Brasil e América Latina para que grandes empresas, pesquisadores e empreendedores possam entender as movimentações do mercado e encontrar oportunidades de negócios sinérgicos à sua atuação.