Brasileiro pesquisa pouco na hora de trocar o computador

Apenas 64% dos usuários brasileiros realizam pesquisas antes de comprar um computador, de acordo com dados do estudo "Strategic Oxygen", um levantamento feito pela Intel em 12 países para avaliar o perfil de consumidores que adquiriram um computador nos últimos 12 meses. O índice brasilieiro é o mais baixo entre os países pesquisados, empatado apenas com a França. Países mais maduros, como EUA, Reino Unido e Alemanha, apresentaram, respectivamente, índices de 68%, 73% e 80%. Cerca de 400 clientes responderam à pesquisa online em cada um dos países.
Brasil
Para o diretor de marketing da Intel, Elber Mazaro, o resultado é uma característica cultural do brasileiro, que prefere ouvir a opinião de outros consumidores e amigos a procurar uma fonte impessoal. Dos entrevistados, 45% fazem uso de mídia social, dos quais 18% procuram blogs e 17% frequentam sites de redes sociais para procurar informações. "Em mercado emergentes, as redes sociais têm bastante importância. Tanto que na Índia, México e na parte rural da China esses índices são bastante expressivos", analiza Mazaro.
O levantamento aponta outra característica relevante no mercado nacional: dos 64% que pesquisaram antes de comprar um computador, 97% realizaram a pesquisa na Internet, mas apenas 19% dos equipamentos foram comprados pela rede. As lojas físicas responderam por 75% e a venda via call center registrou índice de apenas 3%. "O curioso é que entre os usuários mais aficcionados por tecnologia, 96% compram em lojas, apesar de 92% fazerem suas pesquisas na Internet", comenta o diretor de marketing.
O processo entre a decisão de se comprar um computador e a aquisição do produto dura em média 15 dias, três dias a menos que o levantamento realizado em 2008. O principal gatilho para a decisão de comprar são as promoções, nos mais variados meios, que respondem por mais de 50% das respostas.
A definição prévia de orçamento para a compra do computador aconteceu em 73% dos casos. Destes, 56% mantiveram o valor na compra, 23% gastaram mais que o previsto e 20% acabaram gastando menos.