Entre os brasileiros, 43% têm medo de perderem o emprego por conta do avanço da tecnologia de inteligência artificial. É o que revela a 14ª edição da pesquisa Observatório Febraban feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) para a Febraban.
O receio é maior na faixa etária de 18 a 26 anos (52%). "Essa fatia da população conta com grande volume de profissionais da geração Z envolvidos com trabalhos na área de tecnologia, programação e internet. Provavelmente, estão preocupados que suas atividades passem a ser realizadas por robôs", avalia o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.
O medo da inteligência artificial também é maior nos estratos com escolaridade até o fundamental (49%) e renda até dois salários-mínimos (48%), menos capacitados para uso das novas tecnologias.
Entre as profissões que os brasileiros acreditam que devem ser importantes no futuro, o ranking é encabeçado por menções aos ofícios de médico (70%), professor (67%), enfermeiro (58%), bombeiro (54%), agricultor (53%) e psicólogo (51%). "Instados a identificar as profissões do futuro, os entrevistados listam em primeira mão atividades 'tradicionais', indicando uma visão sobre a manutenção de sua importância para o país e à sociedade, a despeito de um horizonte de mudanças no mercado de trabalho. Surpreendentemente, profissões da área de TI ou ligadas a redes sociais não são elencadas entre as mais importantes no futuro, o que pode estar associado à visão do impacto da inteligência artificial", afirma o especialista.
A íntegra do 14º levantamento Observatório FEBRABAN, pesquisa FEBRABAN-IPESPE pode ser acessada neste link.