Assespro-RJ quer sistema de reciclagem específico para lixo eletrônico

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A Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet do Rio de Janeiro (Assespro-RJ) está preocupada com o lixo eletrônico gerado principalmente pelos equipamentos de informática, como os computadores. O vice-presidente executivo da entidade, Alvaro Cysneiros, disse que o Brasil é o campeão entre os países emergentes na produção desse lixo eletrônico. "Somos os campeões entre os emergentes, com certeza, e um dos maiores do mundo, se colocarmos os países desenvolvidos também", afirmou ele.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), são 96,8 mil toneladas de computadores que vão para o lixo anualmente no Brasil. Eles são despejados em lixões e provocam derramamento de metais pesados, resultando em lixo tóxico, prejudicial à saúde.
Cysneiros disse que a associação quer implantar nos municípios fluminenses um processo de destinação ambiental correta de todo o lixo eletrônico, desde a coleta até a fase de reciclagem. "O processo começa com locais de recepção desse material", disse ele, alertando que as pessoas e empresas não podem jogar o lixo eletrônico nos mesmos locais onde são despejados os resíduos orgânicos.
Para garantir um destino correto a esse lixo, o vice-presidente da Assespro-RJ ressalta a necessidade de haver postos de coleta espalhados pelas cidades ou um serviço de coleta específico. A proposta prevê a instalação de galpões, onde cooperativas treinadas se incumbiriam da desmontagem e ao reaproveitamento eventual de máquinas. Segundo ele, computadores reciclados podem ser destinados para uso público.
Cysneiros observa, ainda, que não existe no Brasil uma indústria de reciclagem de lixo eletrônico, mas há algumas iniciativas municipais. Ele lembra que a Política Nacional de Resíduos Sólidos exige dos fabricantes uma responsabilidade solidária, o que significa que eles têm que garantir uma destinação correta para os equipamentos. "O problema do lixo eletrônico é que no Brasil a maioria dos computadores é formada por máquinas montadas. Você tem gabinete de um fabricante, placa-mãe de outro. O mesmo ocorre em relação às placas de vídeo. Então, você não consegue responsabilizar um único fabricante por aquele computador."
A melhor solução, na avaliação de Cysneiros, é ter um método de coleta em que, na ponta, cooperativas de catadores se encarreguem de dar uma destinação correta aos subrresíduos desses equipamentos. As informações são da Agência Brasil.

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