Inteligência Artificial não é apenas a buzzword do momento, é uma realidade cada vez mais presente nos ambientes corporativos e para a qual os executivos devem olhar com atenção. Se uma organização não está usando a IA, certamente o seu concorrente está – ou pelo menos já deve estar pensando em utilizá-la -, e isso traz desafios estratégicos e competitivos. O bom uso da tecnologia proporciona possibilidades (quase) infinitas como agilidade dos processos, novos produtos, novas fontes de receita e aprimoramento na experiência dos consumidores, fatores essenciais para a sobrevivência das corporações e que podem ser geradas dentro do business por meio de HyperAutomation, IA e outras tecnologias disruptivas.
De acordo com a Gartner, uma das principais consultorias globais, quando se fala em IT Services, a GenAI (Inteligência Artificial Generativa) – a exemplo do ChatGPT, Copilot e Gemini – e a HyperAutomation são tecnologias que acontecem no "agora" das empresas. O Brasil vem acompanhando as tendências mundiais, entre elas, a procura incessante de como valer-se dessa tecnologia que está disponível e muito próxima.
Com tudo acontecendo em alta velocidade, o mercado global mostra uma grande preocupação sobre como deve ser a governança do uso da IA. Um dos pontos de debate está relacionado ao tratamento dos dados e no quão seguro é utilizar uma tecnologia com tantos vieses pelo seu treinamento ou então porque o aprendizado ainda é uma caixa preta que não sabemos como está funcionando e não conseguimos prever. Essas são questões que precisam estar na mesma mesa de discussão nas reuniões estratégicas das companhias.
Nesse sentido, movimentos importantes acontecem nos Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido propondo leis e comitês de regulação do uso da IA. A União Europeia saiu na frente e foi a primeira a criar uma regulamentação própria voltada para IA. Entretanto, é necessário que os executivos acompanhem atentamente esse processo, pois os aspectos que envolvem a segurança da informação, o compliance com a legislação e os aspectos de governança interno – ao mesmo tempo que se faz necessário acompanhar todas as possibilidades que estas tecnologias trazem para às corporações – exigem dos executivos uma postura atenta e tomadas de decisões rápidas e assertivas.
Além dos aspectos mencionados, existe ainda o desafio cultural. Há uma inquietação, natural da mudança, relacionada a dúvidas sobre a extinção de cargos dentro das empresas por conta da Inteligência Artificial, preocupação que deve ser tratada no âmbito organizacional pois esse não é objetivo, mas sim ganhos operacionais. Não é a IA pela IA, mas a tecnologia a serviço das corporações e das pessoas, agregando valor e ofertando experiência às empresas e aos seus clientes.
Em resumo, a IA é algo que está acontecendo neste momento e as empresas precisam pensar rápido em adotá-la, de forma segura e com dados de qualidade de acordo com as políticas de governança. Criar uma "IA proprietária", amparada em informações robustas e mais acertadas porque são focadas no universo de dados da companhia, tem se mostrado uma excelente alternativa como solução capaz de dar resposta aos desafios de segurança.
Para o executivo que deseja trilhar essa jornada na velocidade correta, o ideal é contar com um parceiro especialista na área de tecnologia, com informações, metodologias e frameworks de segurança baseados em cases com "musculatura", afinal, o uso da IA não diz respeito apenas à aplicabilidade da tecnologia, mas também a toda a questão de governança que deve ser tratada de forma conjunta.
Marcos Chiodi, Country Manager da Monitora Soluções Tecnológicas.