A PROTESTE testou oito modelos de óculos de realidade virtual, conhecidos como VR ou headsets. Os dispositivos são capazes de criar um ambiente simulado por sistema computacional e proporcionar a sensação de que a imagem realmente existe.
Para possibilitar a imersão, os óculos de realidade virtual mostram imagens que podem ser reais ou não, em 360°, garantindo ao usuário uma verdadeira viagem tecnológica. Estima-se que até 2021, serão vendidos cerca de 100 milhões de unidades desses dispositivos. Por isso, a PROTESTE avaliou os oito modelos disponíveis para compra que utilizam o celular acoplado para funcionamento.
Segundo a associação, os aparelhos cumprem com o prometido, proporcionando a sensação de imersão na realidade virtual. Dessa forma, o que faz a diferença na hora da compra é como o usuário pretende usar o VR e o valor que está disposto a pagar.
Entre os modelos testados, o Samsung Gear VR (2017) foi o que obteve o melhor resultado. O aparelho alcançou boas avaliações na maioria dos critérios, como conforto (possui acolchoamento), segurança (não deixa o celular cair) e imersão (quase não há entrada de luz externa).
Pelo fato de o modelo possuir botões e touchpad, além de vir com controle remoto, o VR (2017) potencializa a experiência do usuário. Porém, o valor desse modelo costuma ser mais alto, cerca de R$ 650.
Já para os menos ambiciosos, o modelo Google Cardboard é uma opção. De acordo com a PROTESTE, apesar de perder pontos no critério "conforto", pois não tem acolchoamento e pode não vir com elásticos ajustáveis, é leve e quase não permite a entrada de luz externa.
A associação aponta o modelo VR Box 038, que possui o menor valor entre os testados: R$ 35. Ele é fácil de usar, tem elásticos de regulagem e ajuste de foco na lente. No entanto, apresenta riscos de arranhar o telefone, além de deixar luz entrar e não ter controle remoto.
A Proteste afirma ainda que não faltam opções acessíveis de óculos virtuais no mercado, mas é indicado ter atenção na hora da compra, principalmente entre os modelos de menor valor, que são semelhantes e cumprem a mesma função.
Também foram avaliados os modelos:
Aquário VRG-01 (R$ 50), que se destacou pela segurança, pois o celular fica bem fixado e protegido. Entretanto, permite que muita luz externa entre o que deixa a experiência de imersão prejudicada.
Os Shinecon G01 e o Comtac VR Vision (R$ 75) também foram bem colocados na segurança. Eles possuem emborrachamento que protege a tela do celular. Contudo, o ajuste da lente é duro, o que dificulta a usabilidade.
Por fim, o Mymax V-Box e o Multilaser Warrior JS080 (R$ 47 e R$ 71 respectivamente) possuem o preço como principal atrativo, mas correm o risco de danificar o celular, já que os suportes não são confiáveis.
Com a popularização dos equipamentos e investimento na tecnologia, o consumidor espera que, em breve, eles sejam melhor desenvolvidos e não haja a necessidade do uso dos controles remotos. Assim, a Proteste acredita que a experiência de imersão seria mais profunda e intuitiva.
Confira dicas de compra e de uso selecionadas pela PROTESTE e garanta o melhor desempenho do aparelho:
• Antes de escolher os óculos virtuais, preste atenção ao tamanho do celular que o aparelho suporta. O Samsung Gear VR (2017), por exemplo, aceita apenas smartphones da linha Galaxy S6, S7, S8 e Note 8, com sistema operacional Android.
• É fundamental utilizar bons fones de ouvido para aumentar a sensação de imersão na realidade virtual.
• Ter um controle remoto bluetooth também é indicado, pois facilita o uso e a interação com o conteúdo.
• Os óculos devem ser usados em locais seguros e confortáveis para não acontecerem acidentes.
• Após o uso, mantenha-se sentado, pois há relatos de pessoas passarem mal depois da experiência.
• Caso já tenha comprado, e percebeu que o aparelho deixa muita luz externa entrar, coloque um pano sobre a cabeça na hora do uso.