A fornecedora de serviços de tecnologia da informação EDS terá de pagar cerca de US$ 490 mil à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regulamenta as bolsas e o mercado de capitais nos Estados Unidos. A SEC descobriu irregularidades na contabilidade da companhia entre os anos de 2001 e 2003, além de ter constatado o pagamento de suborno feito por um ex-empregado a funcionários públicos indianos.
De acordo com comunicado emitido pelo órgão de fiscalização, a EDS não declarou despesas de contratos e de uma transação feita com um dos seus principais clientes em 2002, e liberou apenas parte da informação para analistas. EDS também não revelou a natureza de uma transação na qual um cliente não identificado pagou US$ 200 milhões em troca de um desconto de US$ 21 milhões em serviços futuros. O arranjo não foi informado pela empresa como parte do seu fluxo de caixa no segundo trimestre de 2002.
Além disso, a comissão constatou que um ex-empregado de uma subsidiária de EDS pagou suborno no valor total de US$ 720 mil a funcionários de duas companhias nacionais indianas que ameaçavam cancelar contratos com a empresa. O pagamento teria sido arquitetado e realizado pelo ex-presidente da AT Kearney na Índia, Chandramowli Srinivasan, para reter os contratos, segundo consta de processo civil movido pela SEC contra o executivo. Srinivasan concordou em pagar uma multa de US$ 72 mil para por fim ao processo, segundo a agência de notícias Bloomberg.
Apesar disso, o executivo e a EDS não admitiram, mas também não negaram, a existência do delito. "A EDS descobriu e investigou os subornos, fez seu próprio relatório e depois cooperou com as investigações do governo?, disse o porta-voz da companhia, Bob Brand. "Nós estamos satisfeitos com o fato de a investigação estar resolvida e por podermos deixar esse assunto do passado para trás", finalizou.