Brasil pode se tornar centro global de computação em nuvem

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O Brasil pode se tornar um centro de exportação de serviços de computação em nuvem no futuro, mas para isso se tornar realidade os investimentos a ser realizados em infraestrutura de telecomunicações no país para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 serão preponderantes. Esta é a opinião de executivos do setor que participaram do painel "Cloud Computing e a Nova Arena de Competição no Mercado", apresentado na Futurecom 2010.
A avaliação feita por eles é que a infraestrutura desenvolvida para os dois eventos poderá ser utilizada para suportar a demanda de cloud computing e assegurar uma boa posição do país nesse mercado.
"O momento é oportuno devido aos investimentos que serão realizados em infraestrutura de telecomunicações para atender as demandas dos eventos. Isso é um passo importante para transformar o Brasil em um centro global para cloud computing", afirma arquiteto de sistemas para o setor de serviços financeiros da IBM, Fábio Luis Marras.
Cristiano Rocha Hecket, diretor de serviços de rede do Ministério do Planejamento, corrobora essa opnião e observa que os jogos servirão para equacionar o atual problema de infraestrutura de telecomunicações existente no país.
É consenso que a atual infraestrutura brasileira não permite sonhar tão alto. A resolução desse problema não é, porém, a única barreira que o país precisa superar para conseguir atingir o patamar de centro global de computação em nuvem. Aumentar a inteligência das redes, a qualidade e confiabilidade dos serviços e garantir maior segurança são outros pontos que precisam ser vencidos. A capilaridade das redes para além dos território nacional – com links para o exterior – e o custo da mão-de-obra, no que se refere à tributação, são outros desafios a serem superados.
"A questão da interoperabilidade entre as redes e os sistemas é outro aspecto que precisa ser melhorado pelas operadoras para permitir ao Brasil conquistar espaço de relevância no mercado global de computação em nuvem, principalmente no que diz respeito às ofertas de cloud privado, frisou o diretor de engenharia da Cisco, Marcelo Ehalt. Ele lembro que uma mudança que as operadoras terão de realizar no seu modelo comercial é no sistema de cobrança, ao passo que em computação em nuvem a remuneração não é baseada no serviço, mas sim proporcional à infraestrutura utilizada.
Já o engenheiro de sistemas da Juniper Networks, Caio Pastro Klein, pondera que para conseguirem oferecer serviços de cloud computing as operadoras de telecomunicações necessitarão firmar parcerias com empresas de TI especializadas na oferta de aplicações, já que elas não têm portfólio que abrange tais soluções. O executvio salientou, entretanto, que entre as vantagens das operadoras brasileiras está o fato delas já proporcionarem soluções de redes virtuais privadas (VPNs) com boa qualidade de disponibilidade e desempenho.

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