Um tribunal de Pequim, na China, acatou pedido de abertura de processo para proteção de direitos do consumidor contra a Apple. A fabricante é acusada de vender iPhones de segunda mão como se fossem novos nas lojas na cidade, segundo informações do Shanghai Daily. Wang Hai, advogado chinês conhecido por seu combate contra falsificadores, entrou com o pedido em agosto. Os acusados são uma loja em Pequim e o representante da Apple no país, vice-presidente sênior e CFO, Peter Oppenheimer. O advogado alega que, em junho, dois de seus clientes compraram um smartphone da empresa por 4.999 yuans (equivalente a US$ 783) mas, ao acessar o site da empresa para validar a garantia pelo código de barras, ambos receberam um aviso de que a garantia já havia sido registrada e expiraria em janeiro e abril do ano que vem.
“É uma discriminação muito séria aos consumidores chineses”, afirmou Hai ao jornal chinês. O tribunal irá convocar a empresa para uma audiência e o processo foi aberto sob as leis de proteção ao consumidor da China. Mas estess não são os únicos casos. Uma consumidora em uma situação semelhante afirmou a um órgão do país que, ao procurar um vendedor para esclarecer o que poderia ter acontecido, foi informada que as datas diferem devido à diferença de tempo de fabricação e ativação do aparelho. O vendedor não soube explicar, contudo, por que a licença já estava ativada.
Procurada pelo jornal, a Apple não comentou o caso. Um vendedor da loja processada, contudo, afirmou ao Shanghai Daily que seria impossível vender telefones usados como novos, já que a loja “até promete devolução total do dinheiro em 14 dias” sem necessidade de explicação do consumidor.