Paul Ceglia, homem que pedia na justiça norte-americana uma participação no Facebook por financiar a iniciativa quando Mark Zuckerberg ainda era um estudante, foi preso em sua casa em Nova York nesta sexta-feira, 26. Ele é acusado de ser o autor de diversas fraudes para tirar proveito em cifras multibilionárias da rede social.
Segundo o relatório protocolado na Corte de Manhattan, Ceglia alegadamente “criou, adulterou e destruiu” evidências para uma falsa defesa de que ele detinha 50% da companhia. Procurados pelo The Wall Street Journal, os advogados dele não responderam às solicitações para comentar o caso.
“Inventar fraudes para corroborar seu ponto em um processo não te deixa imune de uma nova ação”, explicou o procurador federal Preet Bharara, em nota. Segundo ele, Ceglia realmente fechou um contrato com Zuckerberg na época em que o norte-americano estava programando o Facebook na Universidade de Harvard, em troca de um taxa, conforme alegava o cidadão em seu processo contra a rede, aberto em 2010. O problema é que as investigações concluíram que Ceglia substituiu uma página inteira deste documento de prestação de serviços com falsos termos, nos quais era determinada a transferência de participação da companhia a ele.
“Encaminhamos à Procuradoria Geral dos Estados Unidos o pedido de ação contra Ceglia por crimes federais cometidos no processo aberto por ele contra o Facebook. Ele utilizou o sistema de justiça nacional para perpetuar sua fraude e agora será responsável por seu esquema criminal”, explicou o advogado do Facebook, Orin Snyder, em comunicado.