O Governo Federal simplificou o eSocial, sistema de escrituração digital de obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, que reúne informações de cerca de 40 milhões de empregados e quase 6 milhões de empregadores de todo o país. As mudanças no eSocial diminuem a burocracia e trazem mais facilidades para milhões de empresas que utilizam a tecnologia
"Não se toca em política. É só a retirada da burocracia para melhorar o ambiente de negócios", avaliou o secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco. Agora, o formulário possui menos campos e utiliza apenas o CPF como forma de identificar o trabalhador. Informações de outros documentos, como PIS e Pasep, passam a ser obtidos automaticamente a partir do cruzamento de dados das bases de informação hospedadas pelo Serpro.
"Oferecemos nossa inteligência para simplificar a vida do cidadão brasileiro. No eSocial, utilizamos tecnologia de Análise de Dados e Big Data para facilitar o preenchimento de dados e melhorar a experiência do usuário, que conta com um atendimento por meio de chatbot e serviços mobile", ressaltou André de Cesero, diretor de Relacionamento com Clientes do Serpro.
O Serpro vem também trabalhando com juntas comerciais de todo país para permitir que os trabalhadores, no momento de inscrição na empresa, já sejam registrados no eSocial. "A previsão é que os primeiros acordos comecem a valer a partir do início do ano que vem", afirmou Alexandre Ávila, gerente de Soluções para Órgãos de Gestão do Serpro.
Para Gileno Barreto, presidente do Serpro, as novidades do eSocial são o resultado do esforço e comprometimento da equipe do Serpro com o projeto do governo em promover a transformação digital do país. "O eSocial é um projeto histórico que mudou a relação dos empregados com empregadores. Estamos trabalhando para garantir a evolução contínua do sistema e facilitar cada vez mais essa relação que é tão importante para o Brasil", destacou.
Números do eSocial
O sistema atende, atualmente, a mais de 1,5 milhões de empregadores domésticos (pessoa física) e cerca de 4,3 milhões de empresas de todo o país. A solução reúne informações de cerca de 40 milhões de trabalhadores, simplificando a prestação de informações referentes a obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas.
O eSocial permite a integração entre diversas áreas da empresa, como RH, contabilidade, departamento pessoal, dentre outras, tornando os processos da instituição mais transparentes tanto para o governo quanto para seus clientes e fornecedores. Pesquisa realizada pelo Ministério da Economia aponta que mais de 70% dos usuários consideram a experiência com o eSocial melhor ou muito melhor do que antes.
Os usuários do sistema contam com serviços de integração com os softwares de gestão corporativa; portais Web para acesso das empresas e do cidadão; aplicativo mobile para trazer mobilidade à gestão dos empregados; chatbot para responder ao questionamento dos empregadores domésticos; lago de dados para possibilitar o consumo dos dados do eSocial; e serviço de download para possibilitar que as empresas/empregadores recuperem as informações enviadas para o eSocial.
Desburocratização
O novo eSocial simplificado atende à previsão da Lei de Liberdade Econômica e contou com a participação de representantes das categorias profissionais envolvidas, como o Sebrae e o Conselho Federal de Contabilidade. Na cerimônia, o governo também anunciou o programa "Descomplica Trabalhista", que deve revisar até 2 mil documentos do antigo Ministério do Trabalho, além de revogar 48 portarias e assinar uma nova norma que regulamenta a saúde e a segurança de trabalhadores do agronegócio.