Investigadores indianos disseram que a fraude na Satyam Computer Services, quarta maior empresa indiana de terceirização de serviços de TI em vendas, foi de pelo menos 47,39 bilhões de rúpias (o equivalente a US$ 1 bilhão) a mais, ou seja, maior do que o anunciado inicialmente.
Em janeiro, o fundador e presidente da Satyam, B. Ramalinga Raju, admitiu que inflou os resultados dos balanços da companhia nos últimos anos. Em carta enviada ao conselho de administração da empresa na época, ele reconheceu que havia inflacionado o lucro da empresa, mas omitiu que havia inchado o saldo de caixa e falsificado o registro contábil, além de ter exagerado a dívida e subestimado os passivos da companhia.
Em um resumo de 200 páginas, apresentado à Justiça na terça-feira, 24, o Bureau Central de Investigação (CBI, na sigla em inglês) da Índia disse que Raju havia omitido a fraude em pelo menos US $ 1 bilhão, segundo o jornal britânico Financial Times. Laxmi Narayana, vice-inspetor geral do CBI disse que "as novas evidências mostram claramente que a fraude é maior do que já sabíamos… Se você adicionar tudo sobre o total, ela [a fraude] está agora em 118,8 bilhões de rúpias (US$ 2,56 bilhões), ante 71,36 bilhões de rúpias (US$ 1,54 bilhões) anunciado inicialmente".
O CBI afirmou ainda que Raju e os outros nove acusados de fraude – cujos nomes não foram divulgados – teriam supostamente levantado 12,2 bilhões de rúpias em empréstimos, forjando resoluções do conselho, e que utilizaram 2,3 bilhões de rúpias em dividendos gerados para inflacionar os lucros da empresa.
Bharat Kumar, advogado de Raju, disse à agência de notícias Bloomberg, que não tinha conhecimento das novas acusações.
Após o CBI ter anunciado que irá realizar novas investigações contra o ex-presidente da empresa e outras nove pessoas, a ações da Mahindra Satyam, que em abril passado adquiriu o controle da Satyama, caíram quase 11% na quarta-feira, 25.
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